sexta-feira, 1 de abril de 2011

FICHA DE LEITURA

Ficha de Leitura
Nome da autora: Maria Teresa Maia Gonzalez

Título: A Lua De Joana

Editor: Editorial Verbo, 1ª edição.

Local e data: Lisboa, Outubro de 1994.

Informações sobre a autora:
Maria Teresa Maia Gonzalez nasceu em Coimbra, em 1958. É uma das mais prestigiadas autoras portuguesas de livros dedicados a crianças e jovens adolescentes. É licenciada em Línguas e Literaturas modernas, variante de Estudos Franceses e Ingleses, pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, foi professora de Língua Portuguesa de 1982 a 1997 e os seus livros têm particularidade de reflectirem assuntos relacionados com a juventude e os seus problemas revelam uma grande sensibilidade e actualidade em relação aos mesmos. A Lua de Joana, o seu maior sucesso editorial, conta já com 17 edições e 250 000 exemplares vendidos. Outras obras da autora: A Fonte Dos Segredos, Gaspar & Mariana, O Guarda Da Praia.

Resumo:
Este livro pode ser considerado uma espécie de diário (apesar de não o ser), porque a personagem principal escreve cartas para uma amiga que já morreu, contando-lhe tudo o que se passa na vida dela. Trata-se de uma história de uma rapariga chamada Joana, que perdeu a sua melhor amiga, quando esta se envolveu com as drogas. Joana interrogava-se ao tentar entender o que teria levado a sua amiga Marta a fazer aquilo. Joana era uma rapariga exemplar, na escola e em casa, mas tudo mudou quando ela se envolveu com uma amiga da Marta, a Rita, (a amiga que teria levado Marta a envolver-se com as drogas), e com o próprio irmão da Marta, o Diogo, também vítima das drogas. Devido à morte da sua avó, a pessoa de quem ela mais gostava no mundo e a falta de atenção e de diálogo por parte dos pais, levou a que ela se começa-se a sentir só e as únicas pessoas que, lhe derem atenção, foram a Rita e o Diogo. Ela começou a vender as suas coisas, para conseguir dinheiro, para ajudar Diogo acabando também ela por se envolver com as drogas. Um dia ela olhou-se ao espelho e reparou como tinha mudado, entendendo agora, como, tão facilmente Marta se tinha envolvido com a droga. Joana tentou abandonar as drogas mas, já foi tarde de mais…

Citações:
“ Então, num momento completamente louco, desvairada, passei-me da cabeça e pedi-lhe para experimentar um bocado, só para ver que efeito aquilo tinha.” (página 140) “Vou parar de escrever. Dói-me a mão, dói-me o corpo, dói-me o pensamento. Dói-me a coragem que não tenho.” (página 143) “ …o ano passado, nunca imaginei que fosse tão fácil uma pessoa passar-se para o lado de lá, o lado para onde tu passaste, o lado que eu sabia que era ERRADO!” (página 152)

Comentário:
É um livro em que é interessante ler a vida desta personagem, como ela se transforma ao longo dos dias e dos anos. Também é salientado a importância do diálogo entre os filhos e os pais, pois a falta de diálogo, é muitas vezes a razão que leva os filhos a procurarem outros caminhos, que neste caso é a droga. Este livro mostra a realidade dos dias de hoje: o grande problema que a droga é para todos – para a família, para os amigos e para a própria pessoa que comete esse erro.

Aconselho o livro porque .....

Teste 9º Ano

ESCOLA SEC. PROF. JOSÉ AUGUSTO LUCAS


Prova escrita de Língua portuguesa – 9º Ano


I - Leitura/Interpretação (50 pontos - 34 texto literário+16 texto informativo já feito)



Lê o excerto que se segue, extraído do conto A Aia, e responde às questões formuladas.


Ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão, indo ela a adormecer, já despida, no seu catre, entre os seus dois meninos, adivinhou, mais que sentiu, um curto rumor de ferro e de briga, longe, à entrada dos vergéis reais. Embrulhada à pressa num pano, atirando os cabelos para trás, escutou ansiosamente. Na terra areada, entre os jasmineiros, corriam passos pesados e rudes. Depois houve um gemido, um corpo tombando molemente, sobre lajes, como um fardo. Descerrou violentamente a cortina. E além, ao fundo da galeria, avistou homens, um clarão de lanternas, brilhos de armas...Num relance tudo compreendeu: o palácio surpreendido, o bastardo cruel vindo roubar, matar o seu príncipe! Então, rapidamente, sem uma vacilação, uma dúvida, arrebatou o príncipe do seu berço de marfim, atirou-o para o pobre berço de verga, e, tirando o seu filho do berço servil, entre beijos desesperados, deitou-o no berço real que cobriu com um brocado. Bruscamente um homem enorme, de face flamejante, com um manto negro sobre a cota de malha, surgiu à porta da câmara, entre outros, que erguiam lanternas. Olhou, correu o berço de marfim onde os brocados luziam, arrancou a criança como se arranca uma bolsa de oiro, e, abafando os seus gritos no manto, abalou furiosamente. O príncipe dormia no seu novo berço. A ama ficara imóvel no silêncio e na treva. Mas brados de alarme atroaram, de repente, o palácio. Pelas janelas perpassou o longo flamejar das tochas. Os pátios ressoavam com o bater das armas. E desgrenhada, quase nua, a rainha invadiu a câmara, entre as aias, gritando pelo seu filho! Ao avistar o berço de marfim, com as roupas desmanchadas, vazio, caiu sobre as lajes num choro, despedaçada. Então, calada, muito lenta, muito pálida, a ama descobriu o pobre berço de verga...O príncipe lá estava quieto, adormecido, num sonho que o fazia sorrir, lhe iluminava toda a face entre os seus cabelos de oiro. A mãe caiu sobre o berço, com um suspiro, como cai um corpo morto. E nesse instante um novo clamor abalou a galeria de mármore. Era o capitão das guardas, a sua gente fiel. Nos seus clamores havia, porém, mais tristeza que triunfo. O bastardo morrera! Colhido, ao fugir, entre o palácio e a cidadela, esmagado pela forte legião de archeiros, sucumbira, ele e vinte da sua horda. O seu corpo lá ficara, com flechas no flanco, numa poça de sangue. Mas, ai! dor sem nome! O corpozinho tenro do príncipe lá ficara também envolto num manto, já frio, roxo ainda das mãos ferozes que o tinham esganado! Assim tumultuosamente lançavam a nova cruel os homens de armas, quando a rainha, deslumbrada, com lágrimas entre risos, ergueu nos braços, para lho mostrar, o príncipe que despertara. (….) Agarrara o punhal, e com ele apertado fortemente na mão, apontando para o céu, onde subiam os primeiros raios do Sol, encarou a rainha, a multidão, e gritou: – Salvei o meu príncipe, e agora... vou dar de mamar ao meu filho. E cravou o punhal no coração.

Eça de Queirós,” A Aia”


1 – Com base nos elementos do texto, refere o tempo e o espaço da acção.


1.1 – Transcreve duas expressões que denunciam a passagem do tempo.


2 – Identifica duas personagens e informa o seu relevo na acção.


2.1 – Selecciona uma das personagens e caracteriza-a.


3 – Perante a previsão de invasão do palácio, que medidas foram tomadas pela serva?


4 – Caracteriza o narrador do texto e indica as marcas da sua subjectividade.


5 – Faz um comentário, entre 70 e 120 palavras, sobre o desfecho do conto e a atitude da Aia.


II - Gramática (20 pontos)

1 – Dá atenção às seguintes frases e responde às questões que se seguem.


a) Um novo clamor abalou a galeria de mármore.


b) O bastardo morrera durante o assalto ao palácio.


c) A mãe caiu sobre o berço.


d) Então a Aia arrebatou o príncipe do seu berço.


e) Todos ficaram espantados com a atitude da serva.


f) Amanheceu quando o combate estava ganho pelo exército do rei.


g) A coruja piou toda a noite.


1.1 – Transcreve um verbo intransitivo.


1.2 - Transcreve um verbo transitivo


1.3 - Transcreve um verbo copulativo.


1.4 – Transcreve um verbo impessoal.


2 – Dá atenção às seguintes frases.


a) Os habitantes do palácio não sabiam que a Aia tinha tanta coragem, embora a considerassem leal.


b) Os habitantes que defendiam o palácio afincadamente consideraram a Aia uma heroína.


c) A Aia incitava todos os seus conterrâneos para que defendessem o reino com coragem e lealdade.


d) A viúva, mãe e rainha muito desamparada, ficou felicíssima ao saber que o filho estava vivo.


2.1 – Transcreve uma oração subordinada relativa restritiva.


2.2 - Transcreve o complemento directo de sabiam. (frase a).


2.3 – Classifica a oração: “para que defendessem o reino com coragem e lealdade”. (frase c)


2.4 - Indica a função sintáctica de “mãe e rainha desamparada”. (frase d)


2.5 – Dá atenção às seguintes formas verbais. Indica o modo e o tempo em que se encontram.


a) consideraram (frase b)


b) defendessem (frase c)


III – Composição (30 pontos)


Como sabes o conto o Tesouro, que foi lido na biblioteca, é muito peculiar. Os irmãos, depois de encontrarem um tesouro, que o acaso lhes entregou de mão beijada, mataram-se uns aos outros por causa da ganância e egoísmo. Não foram merecedores de tal sorte. Por isso, Eça de Queirós, termina a narrativa com a frase: “O tesouro ainda lá está na mata de Roquelanes”, deixando a narrativa em aberto.


Imagina que vais em expedição à mata de Roquelanes à procura desse tesouro. Escreve essa aventura.


O texto deve ter carácter narrativo com, pelo menos, um momento de descrição de um lugar e a caracterização de duas personagens. A extensão deve situar-se entre as 180 e as 240 palavras.