domingo, 27 de fevereiro de 2011

Exemplo de composição

Texto que serve de base à composição. Dar opinião sobre dois acontecimentos. Ou melhor, o mesmo acontecimento em dois estádios diferentes da história da humanidade:

Diz-se que Os Lusíadas narram a história de uma nação que descobriu um mundo novo. Apesar de se ter chamado à conquista espacial a maior aventura do Homem, Rómulo de Carvalho (em O Astronauta e o Homem dos Descobrimentos) afirma que a maior aventura do Homem continua a ser a dos Descobrimentos marítimos dos século XV e XVI.

Instrução:

Redige um texto de opinião, que possa ser publicado num jornal escolar, em que, considerando as diferenças e as semelhanças entre estas duas aventuras, apresentes o teu ponto de vista sobre qual foi a mais ousada.

----Desde sempre o Homem se aventurou no desconhecido. Sempre desejou saber mais e mais sobre o que o rodeia. Sobre o que se encontra para lá do horizonte.
---- Pela ânsia de conhecimento, há quase cinco séculos atrás, Portugal iniciou uma nova era. Esse tempo foi marcado por encontros com a morte, monstros marinhos, outros povos e culturas, coragem, persistência, e, é certo, pela glória. Glória de ter chegado onde ninguém havia chegado antes. Glória de ter escrito uma nova História. A história dos Descobrimentos, inaugurando o universalismo.
----Avançando no tempo, deparámo-nos com uma outra era de coragem, de partida para o desconhecido, de busca pelo saber. A conquista espacial. Não menos arriscada, não menos ambiciosa, fez gerações inteiras sonhar com estrelas e planetas, extraterrestres e naves espaciais.
----Contudo, na minha opinião, a primeira grande aventura do Homem são os Descobrimentos. Este ponto de vista não diminui o interesse que me despertam o Universo e afins. Mas é totalmente diferente partir num foguete ou partir numa caravela, partir com esperança de voltar a ver a família ou apenas com a esperança de não ter uma morte muito dolorosa, partir sem saber o que esperar ou partir esperando tempestades e monstros marinhos.
----Por fim, apesar de todas as divergências, dos diferentes meios, dos diferentes destinos, é impossível não comparar a ambição, a coragem, a persistência, daqueles homens que se aventuraram pelas terras do desconhecido, participando em dois dos maiores feitos da Humanidade.

(239 palavras)

Teste de 28 a 4 de Março

Nesta semana temos avaliação sobre a unidade Narrativa épica.

9º B
1ª e 2ª parte do teste - 28 de Fevereiro: leitura de texto informativo e respostas fechadas de V e F e escolha múltipla. Texto literário, um excerto de um dos episódios de Os Lusíadas, com questões de interpretação e texto-comentário de 70 a 120 palavras.

Gramática e composição 3 de Março.


9º D 2ª e 3ª parte 28 de Fevereiro Leitura e interpretação 3 de Março.

9º F 2ª e 3ª parte 1 de Março, Leitura e interpretação 4 de Março.


Texto não literário: 10 questões de resposta fechada (v ou F e resposta múltipla para seleccionar). 15 pontos
Rever:

Os episódios e os questionários que foram corrigidos.

Texto literário: Interpretação 35 pontos

Os planos narrativos de Os Lusíadas.

Estrutura interna da obra.

O elogio do herói: espírito de missão e a luta com a adversidade.

Simbologia dos episódios e a classificação em líricos, bélicos, simbólicos e naturalistas como o da Tempestade.

II - Gramática - 20 pontos
- Rever orações subordinadas adverbiais, relativas e completivas.

- Classes de palavras: nomes, advérbios, conjunções, preposições, etc

- Tipos de verbos, as conjugações, verbos e sua classificação de acordo com o complemento: intransitivos, transitivos, copulativos....

- Conjugação pronominal e sua variantes.


Composição: (30 pontos)
Possibilidades:

- Texto tipo notícia sobre um aspecto da viagem do Gama e dos seus nautas...

- Reportagem sobre um dos aspectos dessa viagem....

- Texto criativo sobre o efeito de um beijo, o sorriso, com narração descrição e caracterização de personagens...

Terá de ter entre 180 e 240 palavras. Sejam poupadinhos.

Não esquecer a folha de teste.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ADAMASTOR

Leitura orientada
Proposta de correcção do questionário de Leitura Orientada, segundo as autoras do Manual Plural 9
Elisa Costa Pinto
Vera Saraiva Baptista


1.
1.1 O narrador considera útil e importante transmitir
vários dados: em que ponto do percurso se
encontravam (tinham partido há cinco dias da
baía de Santa Helena), como estava a decorrer a
viagem, quando e como surgiu a nuvem que escureceu
os ares e como reagiram os homens perante
esta súbita mudança.

1.2 A intenção será a de situar no espaço a aparição
do Gigante e mostrar o clima de medo que
precede essa aparição, dada a mudança súbita
que se opera no ambiente quando a estranha
nuvem surge.

1.3 Quem profere estas palavras é Vasco da
Gama. É ele quem está a narrar este episódio ao
Rei de Melinde e ao reproduzir o seu dicurso refere
“disse (eu, subentende-se)”.

2. O Gigante tem um aspecto aterrador. Além de
muito grande é disforme, com pernas e braços
imensos. Os olhos encovados, a barba suja, a cor
estranha da pele, os cabelos crespos e cheios de
terra, a boca negra e os dentes amarelos, tudo isto
lhe confere um ar medonho. O rosto sombrio e a
postura agressiva completam esta figura aterradora,
cuja voz horrenda parece sair do mar profundo.

3.
3.1 Pela postura já referida, pelo tom de voz e
pelas palavras que profere depreende-se que está
furioso.

3.2 O Gigante está furioso por os portugueses se
terem atrevido a navegar nos seus mares, terem
tido a ousadia de vir desvendar os segredos até
então vedados a qualquer humano.


3.3 Não, ele não refere o nome mas sabe que são
“uma gente” que cometeu grandes feitos, “uma
gente” guerreira e incansável.

3.4 O Gigante nutre pelos Portugueses admiração
e ódio. Pelo que se depreende do seu discurso, por
um lado, admira o atrevimento, a coragem, a
determinação da “gente ousada”, mas, por outro
lado, odeia essa mesma gente que veio descobrir
os segredos dos seus mares.

4. Vasco da Gama está a contar este episódio ao
Rei de Melinde e, naturalmente, os naufrágios
posteriores a esta viagem não podiam ser contados
pelo ele próprio, que os desconhecia. O
Gigante, no entanto, como é um ser dotado de
poderes sobrenaturais pode antecipar o futuro,
por isso é ele que narra esses naufrágios, apresentado-
os como a sua vingança.

5. É dado especial relevo ao naufrágio de Manuel
de Sousa Sepúlveda, sua mulher D.ª Leonor e os
filhos de ambos. Trata-se de um casal enamorado,
uma família feliz. É este aspecto, assim como
o sofrimento por que passaram na tentativa de se
salvar, que desperta a emoção do poeta. Os náufragos
vêem morrer os filhos queridos, são assaltados
e despojados da própria roupa por homens
da região, passam por um longo calvário até que,
abraçados, encontram a salvação na morte.


6.
6.1 Segundo o narrador ao ver e ouvir o Gigante
“Arrepiam-se as carnes e o cabelo, / A mi e a
todos, só de ouvi-lo e vê-lo!”. Todos ficaram,
como é natural, apavorados.

6.2 É um Herói porque apesar do medo não
fugiu. Enfrentou o próprio medo, ao interromper
o Gigante e ao perguntar-lhe “Quem és tu?”, correndo
o risco de o enfurecer ainda mais.

7. O Gigante Adamastor participou com os seus
irmãos na guerra contra Júpiter. A sua participação
centrou-se no Oceano em busca da armada
do deus dos mares, Neptuno, e meteu-se em tal
empresa por amor de Thétis, filha de Nereu e
Dóris. Consciente de que com a sua figura assustadora
seria impossível despertar o amor da
ninfa, resolveu conquistá-la à força e informou
Dóris dos seus intentos. Esta pôs a filha ao corrente
do que se passava e Thétis, a quem o amor
do Gigante não despertava senão troça, marcou,
através da mesma intermediária, um encontro
com o Adamastor, procurando com isso serenar a
guerra no Oceano. No noite combinada, o apaixonadíssimo
Gigante viu a bela ninfa despida,
bela, única e louco de amor corre a abraçá-la e
beijá-la. Só depois se apercebeu que tinha nos
seus braços um penedo e que o que vira fora uma
miragem preparada por Thétis. Além desta profunda
humilhação, sofreu ainda as consequências
de Júpiter ter vencido a guerra contra os
Gigantes. Foi convertido naquele Cabo remoto,
banhado pelo mar e, portanto, pela permanente
recordação da sua adorada ninfa.

8. O Gigante aparece perante os Portugueses
furioso, impondo o seu poder pelo medo que despertava
nos humanos. No final desaparece com
um medonho choro, triste e humilhado. O que
deu origem à mudança foi a recordação do seu
sofrimento e talvez a consciência da sua incapacidade
de impedir que os seus segredos fossem desvendados.

9. O Gigante Adamastor, que fisicamente é aterrador,
psicologicamente aproxima-se do comum
dos mortais. É um ser solitário que procura
esconder o seu fracasso e o seu sofrimento no isolamento
total. Apesar de admirar quem ousa
enfrentá-lo, não esconde a sua fúria vingativa por
ver os seus domínios invadidos. Acima de tudo
quer preservar o seu esconderijo. Mas, tendo sido
descoberto, conta a sua história. Revela-se então
como um ser que, essencialmente, foi vencido por
amor. Mais do que a rejeição da amada, dói-lhe
a humilhação a que ela o sujeitou e dói-lhe, mais
ainda, ter perdido a capacidade de sonhar.
Preferia ter continuado na doce ilusão de um dia
conseguir o amor inalcançável de Thétis. É o que
se depreende da interpelação que lhe faz: “Ó
Ninfa, a mais fermosa do Oceano, / Já que minha
presença não te agrada, / Que te custava ter-me
neste engano, / Ou fosse monte, nuvem, sonho ou
nada?”.
O Gigante é afinal um sentimental, que tendo
perdido tudo, até a esperança, se refugia na solidão.
O desvendar dos seus segredos vem tirar-lhe
o pouco que tinha. Daí o temível gigante reagir
como qualquer humano em desespero – desaparecer
para chorar sozinho as sua mágoas.

10.
10.1 O Gigante Adamastor é a representação
simbólica do maior de todos os perigos que o
Homem tem de enfrentar – o medo do desconhecido.
Com que “armas” se luta contra o que se
desconhece? Como preparar o confronto com
não se sabe o quê? Foi esse problema que os navegadores
portugueses tiveram de resolver no preciso
momento. Perante o desconhecido, enfrentaram
o terror e, ao desvendar os seus mistérios, o
desconhecido deixou de o ser.
Através do Gigante representa-se a vitória sobre
os perigos ignorados do mar e sobre o medo.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. “Bramindo” e “brada” dão-nos a noção de um
som forte, de alguém que está irritado. Tratando-
-se do mar, sugere-nos um som de ondas a encrespar-
se, águas a ficar em fúria. O verso é ainda
mais expressivo ao referir que esse som vinha “de
longe”, o que dá a ideia de um perigo que ainda
não se sabe qual é, tanto mais que o mar está
“negro”.

2. (figura) robusta e válida; disforme e grandíssima
(estatura); (rosto) carregado; (barba) esquálida;
(olhos) encovados; (postura) medonha e má;
(cor) terrena e pálida; (cabelos) crespos; (boca)
negra; (dentes) amarelos; grande (de membros);
(tom de voz) horrendo e grosso.

2.1 Predomina uma conotação desagradável.
Alguns destes adjectivos só adquirem uma cono-
tação negativa através do contexto em que estão
integrados. Outros transmitem essa ideia independentemente
do contexto, como, por exemplo:
disforme, esquálida, encovados, medonha, má,
pálida, crespos, horrendo, grosso.

3. Os dois adjectivos têm sílabas tónicas com um
som anasalado e fechado, que intensifica o significado
das palavras; torna mais clara a ideia de
um som desagradável e mesmo assustador.

4. O que lhe confere um carácter lírico é o facto
das palavras proferidas expressarem um profundo
e sentido sentimento de desilusão e de perda
de esperança.

Questionário DESPEDIDAS DE BELÉM

1. Este episódio inicial da viagem só surge no final do Canto IV porque, segundo
as normas da epopeia clássica, a Narração devia começar in media res, ou seja,
quando a acção já se encontrava numa fase adiantada. Os momentos iniciais
da acção deveriam surgir posteriormente, contados em retrospectiva.

2. O narrador é Vasco da Gama e assume a posição de narrador participante.
Esta transcrição é um dos muitos exemplos possíveis de que o narrador
participa na acção: “As naus prestes estão; e não refreia / Temor nenhum
o juvenil despejo, /Porque a gente marítima e a de Marte / Estão
pera seguir-me a toda a parte.”

3. O narratário do episódio é o Rei de Melinde.

4. Segundo as palavras do narrador partiram de Lisboa, mais precisamente
da zona onde o rio Tejo desagua no Oceano. Integravam a expedição
marinheiros e soldados (“gente marítima e a de Marte”).

5.
5.1 Referem-se aos preparativos das naus e respectivos tripulantes para
o momento da partida.

5.2 Os que partiam fizeram os preparativos “da alma pera a morte” numa igreja
próxima do local de embarque, rezando e implorando a Deus que os guiasse
e protegesse.
6.
6.1 Os que partem, por um lado sentem insegurança e medo perante aquilo
que vão enfrentar e dor por deixarem os seus familiares, mas, por
outro lado, sentem entusiasmo e excitação por partirem para uma ousada aventura.

6.2 Os que ficam sentem medo e até desespero, bem como algum descontentamento.
Mães e Esposas, convencidas de que poderão estar a despedir-se para sempre
dos seus entes queridos, questionam-nos, expõem as suas dúvidas. Valerá a pena
tantos riscos, tanta dor? Valerá a pena deixar a família ao desamparo por
uma aventura incerta?

6.3 Os sentimentos comuns aos que ficam e aos que partem são o medo e a dor da separação.

7. Não retiram grandeza, pelo contrário. O medo do desconhecido, a dor de deixar as suas famílias e a sua terra, provavelmente para sempre, foi o primeiro grande obstáculo que os navegantes tiveram de superar. A grandeza épica está em ter consciência do perigo, do sofrimento, do medo e enfrentá-los.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. “Mães, Esposas, Irmãs...”(enumeração);
“Os montes de mais perto respondiam, / Quase movidos de alta piedade...” (personificação).

2.
A. As mulheres choram embrulhadas em xailes de dor.
B. Os homens partiram em naus feitas de sonho.
Proposta de correcção das autoras do Manual Plural 9
Elisa Costa Pinto
Vera Baptista

Exercícios orações subordinadas

As orações subordinadas substantivas completivas ou integrantes foram apresentadas na semana passada. Têm o mesmo valor que um nome ou expressão nominal e exercem, normalmente, a função de complemento directo de um verbo declarativo como: dizer, comunicar, declarar, anunciar, avisar, perguntar, questionar,.... e de outros verbos como os volitivos (que exprimem a vontade), como: querer e desejar, e ainda o verbo saber, entre outros. A oração completiva também pode desempenhar a função sintáctica de sujeito. Vamos descobrir:


Lê atentamente as seguintes frases complexas:

a) Os alunos não sabiam que o professor iria faltar, por isso compareceram logo às oito.

b) Os alunos perguntaram ao professor se ia ver o jogo entre o Benfica e o sporting, embora ele respondesse que era adepto de um dos clubes, confirmou que não ia.

c) Os alunos que se esforçaram tiveram bons resultados, embora um pouco abaixo do esperado.

d) É importante que todos percebam a matéria, porque isto vai sair no teste da próxima semana.

e) O pai do Tiago levou o carro à oficina e o mecânico avisou que necessitava de pastilhas novas.

f) Para o teste, é indispensável que todos tragam folha timbrada da escola para que não percam tempo nem perturbem o início da prova.

g) Todos desejam que chegue a interrupção do carnaval, entretanto vamos fazer um último esforço, que é para o bem de todos, para conseguirmos os nossos objectivos.

h) Que todos obedeçam às leis, é justo.

i) Violam as leis de tal modo que deviam ser proíbidos de exercer a sua cidadania, mas sabem que nada lhes acontece.


1.1 - Identifica o sujeito e o complemento directo ou predicativo do sujeito, conforme o caso, dos verbos destacados.

1.2 - Divide e classifica as orações de cada um dos períodos.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Quando de minhas mágoas a comprida

Quando de minhas mágoas a comprida
Maginação os olhos me adormece,
Em sonhos aquela alma me aparece
Que pera mim foi sonho nesta vida.

Lá numa saudade, onde estendida
A vista pelo campo desfalece,
Corro para ela; e ela então parece
Que mais de mim se alonga, compelida.

Brado: -- Não me fujais, sombra benina!
--Ela, os olhos em mim c'um brando pejo,
Como quem diz que já não pode ser,

Torna a fugir-me; e eu gritando: -- Dina...
Antes que diga: -- mene, acordo, e vejo
Que nem um breve engano posso ter.

Luís de Camões

Deixa um comentário comparando-o com o desgosto de Adamastor!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O VERBO

O verbo é a classe de palavras que mais varia.
O verbo é o núcleo do predicado e da frase, podendo seleccionar ou não complementos.

Classificação dos verbos:
As conjugações
Os verbos distribuem-se por três tipos de conjugações:
1ª de tema em A, como Amar ---> estud - radical, a ---> vogal temática, r ---- desinência

2ª de tema em E, como Escrever -----> escrev- radical, e -----> vogal temática

3ª de tema em I, como partir -------> part- radical, i ----> vogal temática

Esta associação facilita a conjugação de qualquer verbo, porque pertencendo a uma dada conjugação, basta saber um para facilmente conjugarmos qualquer outro, porque segue o mesmo paradigma, ou seja, modelo.

- regulares – o radical não se altera ao longo da conjugação.

- irregulares - o radical altera-se ao longo da conjugação: caber ---> caibo, cabes, coubesse...

- pronominal – conjuga-se acompanhado de um pronome pessoal átono – vejo-o, vê-lo-ei

- pronominal reflexo – conjuga-se com um pronome pessoal átono e refere que a acção é sofrida pelo sujeito: lavo-me, aleijou-se...

- pronominal recíproco - Conjuga-se com um pronome pessoal átono e significa que dois sujeitos praticam a mesma acção.Veja-se a frase: O Eliseu beijou a Dalila. A Dalila beijou o Eliseu. Logo, O Eliseu e a Dalila beijaram-se.

- defectivos – aqueles cuja conjugação é incompleta, faltam pessoas – abolir, falir, colorir..

- impessoais – aqueles que referem fenómenos meteorológicos – nevar, anoitecer...

- unipessoais - flexionam-se apenas na 3ª pessoa do singular e do plural - referem vozes de animais: o cão ladra

Subclasses do verbo de acordo com a selecção de complementos:

- transitivo directo –se a acção se completa com um complemento directo. Ex: O Director convocou o Conselho de Escola.

- transitivo indirecto – se a acção se complementa com um complemento indirecto. Ex: Vasco da Gama agradeceu a Deus, ou seja ele agradeceu-lhe.

- transitivo directo e indirecto – quando estão presentes os complementos directo e indirecto: Ex: O carteiro entregou a encomenda à vizinha.

- intransitivo – não tem complemento directo nem indirecto: A minha irmã já nasceu.

- verbo de ligação ou copulativo – é o verbo não auxiliar que só forma predicado acompanhado de outro elemento: o predicativo do sujeito. Ex: A Joana ficou bastante feliz.
Estes verbos são: ser, estar, ficar, continuar, permanecer.

-verbo auxiliar – juntamente com o verbo principal forma um núcleo sintáctico (tempos compostos) ter e ser ; haver de, estar, ficar, ter de, andar, poder...
Por exemplo para:
-formar a voz passiva:
A professora Elisa apresentou o romance de Gil Duarte. - Voz activa
O romance de Gil Duarte foi apresentado pela professora Elisa.
- formar a conjugação periferástica:
A armada de Vasco da Gama ia sulcando os mares quando Adamastor se começou a revelar, tentando amedrontar os nautas.

Ver Caderno de Actividades, do Manual Plural, pp 15-19 (aqueles que o têm!)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

TRABALHO DE CASA - CORRIGIDO

Este trabalho deve ser feito para as aulas de:

9º B - 14 de Fevereiro de 2011
9º D - 14 de Fevereiro de 2011
9º F - 15 de Fevereiro de 2011

1 - Lê atentamente o pequeno texto que se segue:

Nas tardes longas com sol a pino, quando visito o campo, adoro ouvir o canto do rouxinol aninhado entre os salgueiros que se debruçam sobre o ribeiro cantante. Aquela alegria contagia-me de tal modo que também canto, apesar de não ser grande cantor.

1.1 - Identifica a classe e a subclasse das palavras destacadas.

- quando - Classe: conjunção Subclasse: subordinativa temporal
- canto - Classe: nome Subclasse: comum
- aquela - Classe: determinante Subclasse: demonstrativo
- canto - Classe: verbo Subclasse: 1ª conjugação, intransitivo

1.2 - Transcreve a oração subordinada relativa restritiva.
- "que se debruçam sobre o ribeiro cantante."

1.3 - Transcreve a frase que contém uma oração subordinada consecutiva.

- Aquela alegria contagia-me de tal modo que também canto, apesar de não ser grande cantor.

1.4 - Identifica a forma verbal contagia-me.

- contagia-me é a forma verbal do verbo contagiar, no presente, modo indicativo, primeira pessoa do singular, conjugação pronominal, voz activa.


1.5 - Que função sintáctica desempenha a expressão grande cantor.

- predicativo do sujeito (construção do verbo ser É SEMPRE COM PREDICATIVO DO SUJEITO)


2 - Do conjunto de frases apresentadas seguidamente, transcreve as que contêm orações subordinadas consecutivas:

2.1 - Os alunos que se aplicam obtêm melhores resultados escolares.

2.2 - Os alunos aplicaram-se de tal forma que obtiveram excelentes resultados escolares.

2.3 - O exame não lhes correu bem, embora se tivessem esforçado imenso.

2.4 - O Luís apresentou o livro de tal maneira que ninguém duvidou da sua capacidade.

2.5 - Ele insistiu tanto que não podiamos deixar de estar presentes na sessão de lançamento.


Chave:

2.2

2.4

2.5