terça-feira, 14 de junho de 2011

Aulas suplementares

Calendário das aulas abertas para tirar dúvidas.

As aulas destinam-se a realizar fichas de trabalho para preparação do exame, por isso só deverá comparecer quem quer mesmo aproveitar. Quem quer continuar a brincadeira pode ficar na sua vidinha.

Calendário:

Dia 15/06/2011 - 11:00 às 12:30

Dia 16/06/2011 - 9:00 às 10:30

Dia 17/06/2011 - 13:30 às 15:00




ATENÇÃO

TRAZER O CADERNO DE ACTIVIDADES

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Matéria para a prova de avaliação

9º B 30/05/2011

9º D 30/05/2011

9º F 3/06/2011



Esta segunda parte da prova tem:

1 - um grupo de leitura interpretação de texto narrativo

2 - um grupo com exercícios de gramática (funcionamento da língua)

1 - Do Manual estudar:

Ficha das páginas 32/33 - A narrativa

Ficha páginas 238/239 Figuras de estilo

Vejam a ficha de autoavaliação da página 76

2 Gramática

Estudar do Caderno de actividades

Registos de língua - Pag. 3

O Verbo - Pag. 15 a 18

Voz activa/passiva - Pag. 18

Conjugação pronominal - Pag. 19

Conjunções - Pag. 23

A subordinação (ver ficha neste blogue)

Orações subordinadas adverbiais: causais, temporais, finais e concessivas

Orações subordinadas adjectivas:

Relativas restritivas
Relativas explicativas

Funções sintácticas - Pag. 25 a 28

Discurso directo/indirecto - Pag. 31

sábado, 14 de maio de 2011

Ficha de trabalho

Este trabalho destina-se aos alunos com PLANO DE RECUPERAÇÃO

Deve ser entregue:

Turma 9ºB até dia 23 de Maio

Turma 9ºD até dia 23 de Maio

Turma 9ºF até dia 24 de Maio


Lê o seguinte texto de Miguel Torga, com a tenção, e responde assinalando em cada pergunta a alínea correcta, segundo o sentido do texto.


O Charlatão

O sítio deles era à entrada da ponte, no Largo Velho.
- Ora aqui temos nós a última descoberta científica do século!
Falava de cima de uma cadeira, em pé, ao lado de uma mesa, sobre a qual estava um grande baú aberto. Passeava-lhe um rato branco pêlos ombros, e era impossível fugir à magia daquela enorme cabeleira, que lhe coroava uma bela fronte de lutador. Só vinha na feira dos vinte e três. Armava a tenda logo pela manhã, e daí a nada já tinha freguesia a beber-lhe as palavras. A sua voz era sugestiva, funda, com quantos tons eram precisos para encantar homens de todas as terras e de todas as raças.
- Façam favor de ver...
E só quem era cego é que não via.
- Vou agora contar-lhes uma anedota.
Os que já faziam parte da roda arrebitavam as orelhas, os que iam no seu caminho paravam e ficavam maravilhados a ouvir. No fim, todos se riam, que a coisa tinha, na verdade, graça.
- Vou agora mostrar a V. Exas. a autêntica víbora da felicidade!
"Excelências"?! Estava a brincar, ou a falar a sério? Mas ao fim e ao cabo, quem é que não gosta, uma vez na vida, de ser tratado por "excelência"? E um, de Almalaguês, perdeu a cabeça e lá comprou aquele "talismã da felicidade" por cinco escudos.
- Bem burro! - não se conteve uma criada. Mas estava era com pena de o não ter comprado ela.
Já nova maravilha saía das profundezas do baú.
- Sarna, eczema, impigens, lepra, furúnculos, tudo quanto uma pele humana possa conceber, é enquanto o demónio esfrega um olho! Vejam: pega-se na ulceração, um bocadinho de pomada em cima, ao de leve e pouco, que é para poupar, e não se pensa mais nisso! Cinco tostões apenas! Só a caixa vale quinze! Aproveitem, que numa drogaria custa-lhes dois escudos!

Miguel Torga, Rua (texto com supressões)




1. A palavra charlatão, aplicada a certo tipo de indivíduos, significa que eles:

a) procuram convencer o público, exagerando a qualidade dos seus produtos.
b) andam pelas feiras para divertir o público.
c) entusiasmam o público pelos profundos conhecimentos que revelam.
d) actuam junto do público para o ensinar a falar bem.


2. Pela leitura do primeiro parágrafo do texto, podemos concluir que o charlatão:

a) fazia grande negócio junto da ponte.
b) gostava de passear junto da ponte.
c) se estabelecia sempre à entrada da ponte.
d) possuía um terreno situado junto da ponte.


3. Ao anunciar a "última descoberta científica do século", o charlatão referia-se a:

a) um artigo que tinha para vender.
b) uma última invenção de um cientista.
c) uma descoberta científica do último século.
d) um medicamento raro e inédito.


4. O sinal de pontuação que remata o 2º parágrafo tem a função de:

a) marcar o tom exclamativo da frase.
b) deixar a afirmação em suspenso.
c) exprimir a admiração do charlatão pêlos fregueses.
d) conferir ironia à frase.


5. O charlatão estava em cima de uma cadeira. Tinha saltado para lá:

a) para melhor abranger o seu auditório.
b) porque queria parecer mais alto.
c) com medo de um rato que lhe saltou para os ombros.
d) a fim de melhor observar e ter acesso ao conteúdo do baú.


6. O rato branco que passeava sobre os ombros do charlatão destinava-se a:

a) atrair a atenção dos clientes.
b) ser cobaia de experiências com os produtos vendidos.
c) divertir o charlatão.
d) ser vendido.


7. Pela leitura das linhas 4 e 5 do texto, ficamos a saber que o charlatão usava uma longa cabeleira. Esta despertava nos clientes:

a) uma certa repugnância. c) um irresistível interesse.
b) um grande terror. d) vontade de rir.


8. Falando do charlatão, o narrador refere-se à sua "bela fronte de lutador". Este traço fisionómico dá-nos a entender que o charlatão tinha um ar de:

a) homem desiludido. c) homem orgulhoso.
b) homem cansado de lutar. d) homem enérgico e decidido.


9. Na linha 5, ficamos a saber que o charlatão só vinha "na feira dos vinte e três". Isso significa que o charlatão à feira:

a) de 23 em 23 anos. b) que se realizava no dia 23 de cada mês.

c) que se realizava de 23 em 23 semanas. d) que se realizava de 23 em 23 dias


10. Mal armava a tenda, o charlatão "já tinha a freguesia a beber-lhe as palavras...". Entende-se que os fregueses:

a) estavam cheios de sede. b) estavam desejosos de tomar os remédios anunciados.

c) eram convidados a beber alguma coisa. d) o ouviam com atenção e avidez.


11. Ao ouvirem a anedota que o charlatão contava, "... os que já faziam parte da roda arrebitavam as orelhas ..." (linha 12). A expressão sublinhada significa que as pessoas:

a) tapavam os ouvidos, porque ele falava muito alto.
b) punham as mãos em concha nas orelhas, para melhor o ouvirem.
c) prestavam muita atenção à anedota.
d) não davam ouvidos às suas palavras.


12. Os fregueses interessavam-se pelo que dizia o charlatão, porque:

a) queriam aprender com ele a tratar doenças graves.
b) ele curava todas as doenças.
c) ele respondia a todas as perguntas.
d) o seu discurso era sedutor.


13. Ao dizer "Os que já faziam parte da roda...", o narrador dá-nos a entender que os clientes estavam:

a) amontoados à frente do charlatão.
b) à volta do charlatão.
c) espalhados pelo espaço circular da feira.
d) à volta da feira.


14. O charlatão tratava os seus clientes por "Excelências", porque:

a) era esse o tratamento habitual naquela terra.
b) tinha interesse em mostrar-se simpático e cortês.
c) os considerava pessoas muito importantes.
d) queria troçar deles.


15. As pessoas, ao ouvirem tal forma de tratamento, sentiam-se:

a) ofendidas. c) irritadas.
b) envergonhadas. d) lisonjeadas.


16. Um dos fregueses "perdeu a cabeça". Por esta expressão, podemos concluir que esse freguês:

a) se entusiasmou e comprou o produto.
b) se irritou e não comprou o produto.
c) perdeu os sentidos.
d) ficou surpreendido.


17. A criada que estava ao lado, ao vê-lo comprar "o talismã da felicidade", exclamou: "Bem bur-ro!" A intenção dela era:

a) fazer com que o freguês não comprasse o produto.
b) chamar "burro" ao charlatão.
c) desdenhar querendo comprar.
d) mostrar que não acreditava na felicidade.


18. Quando utilizou a expressão "enquanto o demónio esfrega um olho!", o charlatão referia-se à:

a) rapidez com que se aplicavam os remédios.
b) rapidez com que ele tirava os remédios do baú.
c) rapidez com que os remédios curavam os males.
d) rapidez com que os remédios curavam os olhos.


19. Dizia o charlatão que, "para poupar pomada", se devia aplicar uma leve camada sobre a ferida. Dava este conselho, porque:

a) pretendia aliciar o público e suscitar maior interesse pela compra.
b) tinha pouca pomada para vender.
c) não queria que os fregueses fizessem economias.
d) não queria prejudicar os clientes.


20. Ao comparar os seus preços com os da drogaria, o charlatão pretendia:

a) lembrar que esses produtos se vendiam na drogaria.
b) mostrar que a sua pomada custava tanto como a da drogaria.
c) evidenciar o baixo preço dos seus produtos.
d) fazer má propaganda das drogarias.

domingo, 1 de maio de 2011

Ficha de trabalho

Este trabalho destina-se aos alunos com Plano de recuperação e deve ser entregue numa folha A4, à parte, com identificação do aluno.

Seguidamente, a ficha será resolvida numa das aulas de oficina.

NOTA: Eu só quero mesmo as respostas.

Turma B - até 6 de maio de 2011, na aula de oficina, 12:00


Turma D - até 9 de maio, na aula de oficina, 9:15


Turma F - até 6 de maio na aula normal das 10:20


TEXTO

Palmas, gritos.
Desesperado, tornou a escarvar o chão, agora com as patas e com os galhos. O homem! Mas o inimigo não desistia. Talvez para exaltar a própria vaidade aparentava dar-lhe mais oportunidades. Lá vinha todo empertigado, a apontar dois pequenos paus coloridos, e a gritar como há pouco.
-Eh! toiro! Eh! boi!
Sem lhe dar tempo, com quanta alma pôde, lançou-se-lhe à figura, disposto a tudo. Não trouxesse ele o pano mágico, e veríamos!
Não trazia. E, por isso, quando se encontraram e o outro lhe pregou no cachaço, fundas, dolorosas as duas farpas que erguia nas mãos, tinha-lhe o corno direito enterrado na fundura da barriga mole.
Gritos e relâmpagos escarlates de todos os lados.
Passada a bruma que se lhe fez nos olhos, relanceou a vista pela plateia. Então?!
Como não recebeu qualquer resposta, desceu solitário à consciência do seu martírio. Lá levavam o moribundo em braços, e lá saltava na arena outro farsante dourado.
Esperou. Se vinha sem a capa enfeitiçada, sem o diabólico farrapo que o cegava e lhe perturbava o entendimento, morria.
Mas o outro estava escudado.
Apesar disso, avançou. Avançou e bateu, como sempre, em algodão. Voltou à carga.
O corpo fino do toureiro, porém, fugia-lhe por artes infernais.
Protestos da assistência.
Avançou de novo. Os olhos já lhe doíam e a cabeça já lhe andava à roda.
Humilhado, com o sangue a ferver-lhe nas veias, escarvou a areia mais uma vez, urinou e roncou, num sofrimento sem limites. Míura, joguete nas mãos de um Zé-Ninguém!
Num ímpeto, sem dar tempo ao inimigo, caiu sobre ele. Mas quê! Como um gamo, o miserável saltava a vedação.
Desesperado, espetou os chifres na tábua dura, em direcção à barriga do fugitivo, que arquejava ainda do outro lado. Sangue e suor corriam-lhe pelo lombo abaixo.
Ouviu uma voz que o chamava. Quem seria? Voltou-se. Mas era um novo palhaço, que trazia também a nuvem, agora pequena e triangular.
Mesmo assim, quase sem tino e a saber que era em vão que avançava, avançou. Deu, como sempre, na miragem enganadora. Renovou a investida. Iludido, outra vez.
Parou. Mas não acabaria aquele martírio? Não haveria remédio para semelhante mortificação? Num último esforço, avançou quatro vezes. Nada. Apenas palmas ao actor.
Quando? Quando chegaria o fim de semelhante tormento?
Subitamente, o adversário estendeu-lhe diante dos olhos congestionados o brilho frio de um estoque. Quê?! Pois poderia morrer ali no próprio sítio da sua humilhação?! Os homens tinham dessas generosidades?! Calada, a lâmina oferecia-se inteira.
Calmamente, num domínio perfeito de si, Miura fitou-a bem. Depois, numa arremetida que parecia ainda de luta e era de submissão, entregou o pescoço vencido ao alívio daquele gume.


Miguel Torga, in Bichos




I - Interpretação - Responde com frases completas.


1. Identifica, no texto, o protagonista da acção, na perspectiva do narrador.
1.1 Caracteriza a personagem principal.
1.2 Refere:
a) o oponente da personagem principal.
b) a personagem colectiva.

2. Classifica o narrador e identifica as marcas da sua subjectividade.

3. Refere o espaço físico e social da acção.

4. Transcreve, do texto, uma expressão que revela o tempo psicológico.

5. Selecciona uma metáfora e uma ironia, explicitando o seu valor expressivo.

6. O trecho termina de forma trágica. Fundamenta a afirmação.

7. Esclarece o ponto de vista crítico do narrador face ao episódio narrado.

8 - Comentário/opinião

O texto que acabaste de ler trata de toiros, homens e touradas. Com base no texto e nas tuas pesquisas, escreve um texto de opinião, entre 70 e 120 palavras,sobre essa tradição peninsular.Apresenta pelo menos um argumento a favor e outro contra essa festividade.


II - Gramática

1 - Faz corresponder os elementos de A com as alíneas de B. Só uma está correcta:

Coluna A
a) «agora»
b) «Mas»
c) «Eh»
d) «Como não recebeu qualquer resposta»
e) «voz»

Coluna B
1. Oração subordinada causal
2. Palavra homógrafa de vós
3. Palavra homófona de vós
4. Advérbio de tempo
5. Expressão temporal
6. Oração subordinada comparativa
7. Interjeição
8. Conjunção adversativa ou conector contrastivo

2 - Dá os sinónimos de:

"galhos", "empertigado", "escarlates", "estoque","gume".

3 - Dá atenção à seguinte frase: "Passada a bruma que se lhe fez nos olhos, relanceou a vista pela plateia."
3.1 - Divide as orações.

3.2 - Classifica a oração: "que se lhe fez nos olhos".

3.3 - Indica a classe a subclasse de "lhe".

3.4 - Identifica o antecedente de "lhe".

3.5 - Identifica o processo de formação da palavra "relanceou".


III - Composição


Num texto narrativo, com cento e cinquenta a duzentas palavras, conta a história real ou fictícia sobre um animal que aprecies. Deves apresentar a caracterização de, pelo menos, uma personagem e a descrição de um lugar.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

FICHA DE LEITURA

Ficha de Leitura
Nome da autora: Maria Teresa Maia Gonzalez

Título: A Lua De Joana

Editor: Editorial Verbo, 1ª edição.

Local e data: Lisboa, Outubro de 1994.

Informações sobre a autora:
Maria Teresa Maia Gonzalez nasceu em Coimbra, em 1958. É uma das mais prestigiadas autoras portuguesas de livros dedicados a crianças e jovens adolescentes. É licenciada em Línguas e Literaturas modernas, variante de Estudos Franceses e Ingleses, pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, foi professora de Língua Portuguesa de 1982 a 1997 e os seus livros têm particularidade de reflectirem assuntos relacionados com a juventude e os seus problemas revelam uma grande sensibilidade e actualidade em relação aos mesmos. A Lua de Joana, o seu maior sucesso editorial, conta já com 17 edições e 250 000 exemplares vendidos. Outras obras da autora: A Fonte Dos Segredos, Gaspar & Mariana, O Guarda Da Praia.

Resumo:
Este livro pode ser considerado uma espécie de diário (apesar de não o ser), porque a personagem principal escreve cartas para uma amiga que já morreu, contando-lhe tudo o que se passa na vida dela. Trata-se de uma história de uma rapariga chamada Joana, que perdeu a sua melhor amiga, quando esta se envolveu com as drogas. Joana interrogava-se ao tentar entender o que teria levado a sua amiga Marta a fazer aquilo. Joana era uma rapariga exemplar, na escola e em casa, mas tudo mudou quando ela se envolveu com uma amiga da Marta, a Rita, (a amiga que teria levado Marta a envolver-se com as drogas), e com o próprio irmão da Marta, o Diogo, também vítima das drogas. Devido à morte da sua avó, a pessoa de quem ela mais gostava no mundo e a falta de atenção e de diálogo por parte dos pais, levou a que ela se começa-se a sentir só e as únicas pessoas que, lhe derem atenção, foram a Rita e o Diogo. Ela começou a vender as suas coisas, para conseguir dinheiro, para ajudar Diogo acabando também ela por se envolver com as drogas. Um dia ela olhou-se ao espelho e reparou como tinha mudado, entendendo agora, como, tão facilmente Marta se tinha envolvido com a droga. Joana tentou abandonar as drogas mas, já foi tarde de mais…

Citações:
“ Então, num momento completamente louco, desvairada, passei-me da cabeça e pedi-lhe para experimentar um bocado, só para ver que efeito aquilo tinha.” (página 140) “Vou parar de escrever. Dói-me a mão, dói-me o corpo, dói-me o pensamento. Dói-me a coragem que não tenho.” (página 143) “ …o ano passado, nunca imaginei que fosse tão fácil uma pessoa passar-se para o lado de lá, o lado para onde tu passaste, o lado que eu sabia que era ERRADO!” (página 152)

Comentário:
É um livro em que é interessante ler a vida desta personagem, como ela se transforma ao longo dos dias e dos anos. Também é salientado a importância do diálogo entre os filhos e os pais, pois a falta de diálogo, é muitas vezes a razão que leva os filhos a procurarem outros caminhos, que neste caso é a droga. Este livro mostra a realidade dos dias de hoje: o grande problema que a droga é para todos – para a família, para os amigos e para a própria pessoa que comete esse erro.

Aconselho o livro porque .....

Teste 9º Ano

ESCOLA SEC. PROF. JOSÉ AUGUSTO LUCAS


Prova escrita de Língua portuguesa – 9º Ano


I - Leitura/Interpretação (50 pontos - 34 texto literário+16 texto informativo já feito)



Lê o excerto que se segue, extraído do conto A Aia, e responde às questões formuladas.


Ora uma noite, noite de silêncio e de escuridão, indo ela a adormecer, já despida, no seu catre, entre os seus dois meninos, adivinhou, mais que sentiu, um curto rumor de ferro e de briga, longe, à entrada dos vergéis reais. Embrulhada à pressa num pano, atirando os cabelos para trás, escutou ansiosamente. Na terra areada, entre os jasmineiros, corriam passos pesados e rudes. Depois houve um gemido, um corpo tombando molemente, sobre lajes, como um fardo. Descerrou violentamente a cortina. E além, ao fundo da galeria, avistou homens, um clarão de lanternas, brilhos de armas...Num relance tudo compreendeu: o palácio surpreendido, o bastardo cruel vindo roubar, matar o seu príncipe! Então, rapidamente, sem uma vacilação, uma dúvida, arrebatou o príncipe do seu berço de marfim, atirou-o para o pobre berço de verga, e, tirando o seu filho do berço servil, entre beijos desesperados, deitou-o no berço real que cobriu com um brocado. Bruscamente um homem enorme, de face flamejante, com um manto negro sobre a cota de malha, surgiu à porta da câmara, entre outros, que erguiam lanternas. Olhou, correu o berço de marfim onde os brocados luziam, arrancou a criança como se arranca uma bolsa de oiro, e, abafando os seus gritos no manto, abalou furiosamente. O príncipe dormia no seu novo berço. A ama ficara imóvel no silêncio e na treva. Mas brados de alarme atroaram, de repente, o palácio. Pelas janelas perpassou o longo flamejar das tochas. Os pátios ressoavam com o bater das armas. E desgrenhada, quase nua, a rainha invadiu a câmara, entre as aias, gritando pelo seu filho! Ao avistar o berço de marfim, com as roupas desmanchadas, vazio, caiu sobre as lajes num choro, despedaçada. Então, calada, muito lenta, muito pálida, a ama descobriu o pobre berço de verga...O príncipe lá estava quieto, adormecido, num sonho que o fazia sorrir, lhe iluminava toda a face entre os seus cabelos de oiro. A mãe caiu sobre o berço, com um suspiro, como cai um corpo morto. E nesse instante um novo clamor abalou a galeria de mármore. Era o capitão das guardas, a sua gente fiel. Nos seus clamores havia, porém, mais tristeza que triunfo. O bastardo morrera! Colhido, ao fugir, entre o palácio e a cidadela, esmagado pela forte legião de archeiros, sucumbira, ele e vinte da sua horda. O seu corpo lá ficara, com flechas no flanco, numa poça de sangue. Mas, ai! dor sem nome! O corpozinho tenro do príncipe lá ficara também envolto num manto, já frio, roxo ainda das mãos ferozes que o tinham esganado! Assim tumultuosamente lançavam a nova cruel os homens de armas, quando a rainha, deslumbrada, com lágrimas entre risos, ergueu nos braços, para lho mostrar, o príncipe que despertara. (….) Agarrara o punhal, e com ele apertado fortemente na mão, apontando para o céu, onde subiam os primeiros raios do Sol, encarou a rainha, a multidão, e gritou: – Salvei o meu príncipe, e agora... vou dar de mamar ao meu filho. E cravou o punhal no coração.

Eça de Queirós,” A Aia”


1 – Com base nos elementos do texto, refere o tempo e o espaço da acção.


1.1 – Transcreve duas expressões que denunciam a passagem do tempo.


2 – Identifica duas personagens e informa o seu relevo na acção.


2.1 – Selecciona uma das personagens e caracteriza-a.


3 – Perante a previsão de invasão do palácio, que medidas foram tomadas pela serva?


4 – Caracteriza o narrador do texto e indica as marcas da sua subjectividade.


5 – Faz um comentário, entre 70 e 120 palavras, sobre o desfecho do conto e a atitude da Aia.


II - Gramática (20 pontos)

1 – Dá atenção às seguintes frases e responde às questões que se seguem.


a) Um novo clamor abalou a galeria de mármore.


b) O bastardo morrera durante o assalto ao palácio.


c) A mãe caiu sobre o berço.


d) Então a Aia arrebatou o príncipe do seu berço.


e) Todos ficaram espantados com a atitude da serva.


f) Amanheceu quando o combate estava ganho pelo exército do rei.


g) A coruja piou toda a noite.


1.1 – Transcreve um verbo intransitivo.


1.2 - Transcreve um verbo transitivo


1.3 - Transcreve um verbo copulativo.


1.4 – Transcreve um verbo impessoal.


2 – Dá atenção às seguintes frases.


a) Os habitantes do palácio não sabiam que a Aia tinha tanta coragem, embora a considerassem leal.


b) Os habitantes que defendiam o palácio afincadamente consideraram a Aia uma heroína.


c) A Aia incitava todos os seus conterrâneos para que defendessem o reino com coragem e lealdade.


d) A viúva, mãe e rainha muito desamparada, ficou felicíssima ao saber que o filho estava vivo.


2.1 – Transcreve uma oração subordinada relativa restritiva.


2.2 - Transcreve o complemento directo de sabiam. (frase a).


2.3 – Classifica a oração: “para que defendessem o reino com coragem e lealdade”. (frase c)


2.4 - Indica a função sintáctica de “mãe e rainha desamparada”. (frase d)


2.5 – Dá atenção às seguintes formas verbais. Indica o modo e o tempo em que se encontram.


a) consideraram (frase b)


b) defendessem (frase c)


III – Composição (30 pontos)


Como sabes o conto o Tesouro, que foi lido na biblioteca, é muito peculiar. Os irmãos, depois de encontrarem um tesouro, que o acaso lhes entregou de mão beijada, mataram-se uns aos outros por causa da ganância e egoísmo. Não foram merecedores de tal sorte. Por isso, Eça de Queirós, termina a narrativa com a frase: “O tesouro ainda lá está na mata de Roquelanes”, deixando a narrativa em aberto.


Imagina que vais em expedição à mata de Roquelanes à procura desse tesouro. Escreve essa aventura.


O texto deve ter carácter narrativo com, pelo menos, um momento de descrição de um lugar e a caracterização de duas personagens. A extensão deve situar-se entre as 180 e as 240 palavras.

quinta-feira, 24 de março de 2011

CONTO

O conto "Um azul para Marte", seguindo de perto a proposta de José Saramago, é uma actividade de escrita criativa feita em grupo, como já definido nas aulas.

Os grupos devem remeter:

PRIMEIRA VERSÃO

9º B - até 26 de Março.

9º F - até 29 de Março.

9º D - até 31 de Março.

A versão final, depois de eu devolver as versões já com correcção, deve ser entregue até 5 de Abril.
e-mail: jorge.marrao62@gmail.com

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Exemplo de composição

Texto que serve de base à composição. Dar opinião sobre dois acontecimentos. Ou melhor, o mesmo acontecimento em dois estádios diferentes da história da humanidade:

Diz-se que Os Lusíadas narram a história de uma nação que descobriu um mundo novo. Apesar de se ter chamado à conquista espacial a maior aventura do Homem, Rómulo de Carvalho (em O Astronauta e o Homem dos Descobrimentos) afirma que a maior aventura do Homem continua a ser a dos Descobrimentos marítimos dos século XV e XVI.

Instrução:

Redige um texto de opinião, que possa ser publicado num jornal escolar, em que, considerando as diferenças e as semelhanças entre estas duas aventuras, apresentes o teu ponto de vista sobre qual foi a mais ousada.

----Desde sempre o Homem se aventurou no desconhecido. Sempre desejou saber mais e mais sobre o que o rodeia. Sobre o que se encontra para lá do horizonte.
---- Pela ânsia de conhecimento, há quase cinco séculos atrás, Portugal iniciou uma nova era. Esse tempo foi marcado por encontros com a morte, monstros marinhos, outros povos e culturas, coragem, persistência, e, é certo, pela glória. Glória de ter chegado onde ninguém havia chegado antes. Glória de ter escrito uma nova História. A história dos Descobrimentos, inaugurando o universalismo.
----Avançando no tempo, deparámo-nos com uma outra era de coragem, de partida para o desconhecido, de busca pelo saber. A conquista espacial. Não menos arriscada, não menos ambiciosa, fez gerações inteiras sonhar com estrelas e planetas, extraterrestres e naves espaciais.
----Contudo, na minha opinião, a primeira grande aventura do Homem são os Descobrimentos. Este ponto de vista não diminui o interesse que me despertam o Universo e afins. Mas é totalmente diferente partir num foguete ou partir numa caravela, partir com esperança de voltar a ver a família ou apenas com a esperança de não ter uma morte muito dolorosa, partir sem saber o que esperar ou partir esperando tempestades e monstros marinhos.
----Por fim, apesar de todas as divergências, dos diferentes meios, dos diferentes destinos, é impossível não comparar a ambição, a coragem, a persistência, daqueles homens que se aventuraram pelas terras do desconhecido, participando em dois dos maiores feitos da Humanidade.

(239 palavras)

Teste de 28 a 4 de Março

Nesta semana temos avaliação sobre a unidade Narrativa épica.

9º B
1ª e 2ª parte do teste - 28 de Fevereiro: leitura de texto informativo e respostas fechadas de V e F e escolha múltipla. Texto literário, um excerto de um dos episódios de Os Lusíadas, com questões de interpretação e texto-comentário de 70 a 120 palavras.

Gramática e composição 3 de Março.


9º D 2ª e 3ª parte 28 de Fevereiro Leitura e interpretação 3 de Março.

9º F 2ª e 3ª parte 1 de Março, Leitura e interpretação 4 de Março.


Texto não literário: 10 questões de resposta fechada (v ou F e resposta múltipla para seleccionar). 15 pontos
Rever:

Os episódios e os questionários que foram corrigidos.

Texto literário: Interpretação 35 pontos

Os planos narrativos de Os Lusíadas.

Estrutura interna da obra.

O elogio do herói: espírito de missão e a luta com a adversidade.

Simbologia dos episódios e a classificação em líricos, bélicos, simbólicos e naturalistas como o da Tempestade.

II - Gramática - 20 pontos
- Rever orações subordinadas adverbiais, relativas e completivas.

- Classes de palavras: nomes, advérbios, conjunções, preposições, etc

- Tipos de verbos, as conjugações, verbos e sua classificação de acordo com o complemento: intransitivos, transitivos, copulativos....

- Conjugação pronominal e sua variantes.


Composição: (30 pontos)
Possibilidades:

- Texto tipo notícia sobre um aspecto da viagem do Gama e dos seus nautas...

- Reportagem sobre um dos aspectos dessa viagem....

- Texto criativo sobre o efeito de um beijo, o sorriso, com narração descrição e caracterização de personagens...

Terá de ter entre 180 e 240 palavras. Sejam poupadinhos.

Não esquecer a folha de teste.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ADAMASTOR

Leitura orientada
Proposta de correcção do questionário de Leitura Orientada, segundo as autoras do Manual Plural 9
Elisa Costa Pinto
Vera Saraiva Baptista


1.
1.1 O narrador considera útil e importante transmitir
vários dados: em que ponto do percurso se
encontravam (tinham partido há cinco dias da
baía de Santa Helena), como estava a decorrer a
viagem, quando e como surgiu a nuvem que escureceu
os ares e como reagiram os homens perante
esta súbita mudança.

1.2 A intenção será a de situar no espaço a aparição
do Gigante e mostrar o clima de medo que
precede essa aparição, dada a mudança súbita
que se opera no ambiente quando a estranha
nuvem surge.

1.3 Quem profere estas palavras é Vasco da
Gama. É ele quem está a narrar este episódio ao
Rei de Melinde e ao reproduzir o seu dicurso refere
“disse (eu, subentende-se)”.

2. O Gigante tem um aspecto aterrador. Além de
muito grande é disforme, com pernas e braços
imensos. Os olhos encovados, a barba suja, a cor
estranha da pele, os cabelos crespos e cheios de
terra, a boca negra e os dentes amarelos, tudo isto
lhe confere um ar medonho. O rosto sombrio e a
postura agressiva completam esta figura aterradora,
cuja voz horrenda parece sair do mar profundo.

3.
3.1 Pela postura já referida, pelo tom de voz e
pelas palavras que profere depreende-se que está
furioso.

3.2 O Gigante está furioso por os portugueses se
terem atrevido a navegar nos seus mares, terem
tido a ousadia de vir desvendar os segredos até
então vedados a qualquer humano.


3.3 Não, ele não refere o nome mas sabe que são
“uma gente” que cometeu grandes feitos, “uma
gente” guerreira e incansável.

3.4 O Gigante nutre pelos Portugueses admiração
e ódio. Pelo que se depreende do seu discurso, por
um lado, admira o atrevimento, a coragem, a
determinação da “gente ousada”, mas, por outro
lado, odeia essa mesma gente que veio descobrir
os segredos dos seus mares.

4. Vasco da Gama está a contar este episódio ao
Rei de Melinde e, naturalmente, os naufrágios
posteriores a esta viagem não podiam ser contados
pelo ele próprio, que os desconhecia. O
Gigante, no entanto, como é um ser dotado de
poderes sobrenaturais pode antecipar o futuro,
por isso é ele que narra esses naufrágios, apresentado-
os como a sua vingança.

5. É dado especial relevo ao naufrágio de Manuel
de Sousa Sepúlveda, sua mulher D.ª Leonor e os
filhos de ambos. Trata-se de um casal enamorado,
uma família feliz. É este aspecto, assim como
o sofrimento por que passaram na tentativa de se
salvar, que desperta a emoção do poeta. Os náufragos
vêem morrer os filhos queridos, são assaltados
e despojados da própria roupa por homens
da região, passam por um longo calvário até que,
abraçados, encontram a salvação na morte.


6.
6.1 Segundo o narrador ao ver e ouvir o Gigante
“Arrepiam-se as carnes e o cabelo, / A mi e a
todos, só de ouvi-lo e vê-lo!”. Todos ficaram,
como é natural, apavorados.

6.2 É um Herói porque apesar do medo não
fugiu. Enfrentou o próprio medo, ao interromper
o Gigante e ao perguntar-lhe “Quem és tu?”, correndo
o risco de o enfurecer ainda mais.

7. O Gigante Adamastor participou com os seus
irmãos na guerra contra Júpiter. A sua participação
centrou-se no Oceano em busca da armada
do deus dos mares, Neptuno, e meteu-se em tal
empresa por amor de Thétis, filha de Nereu e
Dóris. Consciente de que com a sua figura assustadora
seria impossível despertar o amor da
ninfa, resolveu conquistá-la à força e informou
Dóris dos seus intentos. Esta pôs a filha ao corrente
do que se passava e Thétis, a quem o amor
do Gigante não despertava senão troça, marcou,
através da mesma intermediária, um encontro
com o Adamastor, procurando com isso serenar a
guerra no Oceano. No noite combinada, o apaixonadíssimo
Gigante viu a bela ninfa despida,
bela, única e louco de amor corre a abraçá-la e
beijá-la. Só depois se apercebeu que tinha nos
seus braços um penedo e que o que vira fora uma
miragem preparada por Thétis. Além desta profunda
humilhação, sofreu ainda as consequências
de Júpiter ter vencido a guerra contra os
Gigantes. Foi convertido naquele Cabo remoto,
banhado pelo mar e, portanto, pela permanente
recordação da sua adorada ninfa.

8. O Gigante aparece perante os Portugueses
furioso, impondo o seu poder pelo medo que despertava
nos humanos. No final desaparece com
um medonho choro, triste e humilhado. O que
deu origem à mudança foi a recordação do seu
sofrimento e talvez a consciência da sua incapacidade
de impedir que os seus segredos fossem desvendados.

9. O Gigante Adamastor, que fisicamente é aterrador,
psicologicamente aproxima-se do comum
dos mortais. É um ser solitário que procura
esconder o seu fracasso e o seu sofrimento no isolamento
total. Apesar de admirar quem ousa
enfrentá-lo, não esconde a sua fúria vingativa por
ver os seus domínios invadidos. Acima de tudo
quer preservar o seu esconderijo. Mas, tendo sido
descoberto, conta a sua história. Revela-se então
como um ser que, essencialmente, foi vencido por
amor. Mais do que a rejeição da amada, dói-lhe
a humilhação a que ela o sujeitou e dói-lhe, mais
ainda, ter perdido a capacidade de sonhar.
Preferia ter continuado na doce ilusão de um dia
conseguir o amor inalcançável de Thétis. É o que
se depreende da interpelação que lhe faz: “Ó
Ninfa, a mais fermosa do Oceano, / Já que minha
presença não te agrada, / Que te custava ter-me
neste engano, / Ou fosse monte, nuvem, sonho ou
nada?”.
O Gigante é afinal um sentimental, que tendo
perdido tudo, até a esperança, se refugia na solidão.
O desvendar dos seus segredos vem tirar-lhe
o pouco que tinha. Daí o temível gigante reagir
como qualquer humano em desespero – desaparecer
para chorar sozinho as sua mágoas.

10.
10.1 O Gigante Adamastor é a representação
simbólica do maior de todos os perigos que o
Homem tem de enfrentar – o medo do desconhecido.
Com que “armas” se luta contra o que se
desconhece? Como preparar o confronto com
não se sabe o quê? Foi esse problema que os navegadores
portugueses tiveram de resolver no preciso
momento. Perante o desconhecido, enfrentaram
o terror e, ao desvendar os seus mistérios, o
desconhecido deixou de o ser.
Através do Gigante representa-se a vitória sobre
os perigos ignorados do mar e sobre o medo.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. “Bramindo” e “brada” dão-nos a noção de um
som forte, de alguém que está irritado. Tratando-
-se do mar, sugere-nos um som de ondas a encrespar-
se, águas a ficar em fúria. O verso é ainda
mais expressivo ao referir que esse som vinha “de
longe”, o que dá a ideia de um perigo que ainda
não se sabe qual é, tanto mais que o mar está
“negro”.

2. (figura) robusta e válida; disforme e grandíssima
(estatura); (rosto) carregado; (barba) esquálida;
(olhos) encovados; (postura) medonha e má;
(cor) terrena e pálida; (cabelos) crespos; (boca)
negra; (dentes) amarelos; grande (de membros);
(tom de voz) horrendo e grosso.

2.1 Predomina uma conotação desagradável.
Alguns destes adjectivos só adquirem uma cono-
tação negativa através do contexto em que estão
integrados. Outros transmitem essa ideia independentemente
do contexto, como, por exemplo:
disforme, esquálida, encovados, medonha, má,
pálida, crespos, horrendo, grosso.

3. Os dois adjectivos têm sílabas tónicas com um
som anasalado e fechado, que intensifica o significado
das palavras; torna mais clara a ideia de
um som desagradável e mesmo assustador.

4. O que lhe confere um carácter lírico é o facto
das palavras proferidas expressarem um profundo
e sentido sentimento de desilusão e de perda
de esperança.

Questionário DESPEDIDAS DE BELÉM

1. Este episódio inicial da viagem só surge no final do Canto IV porque, segundo
as normas da epopeia clássica, a Narração devia começar in media res, ou seja,
quando a acção já se encontrava numa fase adiantada. Os momentos iniciais
da acção deveriam surgir posteriormente, contados em retrospectiva.

2. O narrador é Vasco da Gama e assume a posição de narrador participante.
Esta transcrição é um dos muitos exemplos possíveis de que o narrador
participa na acção: “As naus prestes estão; e não refreia / Temor nenhum
o juvenil despejo, /Porque a gente marítima e a de Marte / Estão
pera seguir-me a toda a parte.”

3. O narratário do episódio é o Rei de Melinde.

4. Segundo as palavras do narrador partiram de Lisboa, mais precisamente
da zona onde o rio Tejo desagua no Oceano. Integravam a expedição
marinheiros e soldados (“gente marítima e a de Marte”).

5.
5.1 Referem-se aos preparativos das naus e respectivos tripulantes para
o momento da partida.

5.2 Os que partiam fizeram os preparativos “da alma pera a morte” numa igreja
próxima do local de embarque, rezando e implorando a Deus que os guiasse
e protegesse.
6.
6.1 Os que partem, por um lado sentem insegurança e medo perante aquilo
que vão enfrentar e dor por deixarem os seus familiares, mas, por
outro lado, sentem entusiasmo e excitação por partirem para uma ousada aventura.

6.2 Os que ficam sentem medo e até desespero, bem como algum descontentamento.
Mães e Esposas, convencidas de que poderão estar a despedir-se para sempre
dos seus entes queridos, questionam-nos, expõem as suas dúvidas. Valerá a pena
tantos riscos, tanta dor? Valerá a pena deixar a família ao desamparo por
uma aventura incerta?

6.3 Os sentimentos comuns aos que ficam e aos que partem são o medo e a dor da separação.

7. Não retiram grandeza, pelo contrário. O medo do desconhecido, a dor de deixar as suas famílias e a sua terra, provavelmente para sempre, foi o primeiro grande obstáculo que os navegantes tiveram de superar. A grandeza épica está em ter consciência do perigo, do sofrimento, do medo e enfrentá-los.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. “Mães, Esposas, Irmãs...”(enumeração);
“Os montes de mais perto respondiam, / Quase movidos de alta piedade...” (personificação).

2.
A. As mulheres choram embrulhadas em xailes de dor.
B. Os homens partiram em naus feitas de sonho.
Proposta de correcção das autoras do Manual Plural 9
Elisa Costa Pinto
Vera Baptista

Exercícios orações subordinadas

As orações subordinadas substantivas completivas ou integrantes foram apresentadas na semana passada. Têm o mesmo valor que um nome ou expressão nominal e exercem, normalmente, a função de complemento directo de um verbo declarativo como: dizer, comunicar, declarar, anunciar, avisar, perguntar, questionar,.... e de outros verbos como os volitivos (que exprimem a vontade), como: querer e desejar, e ainda o verbo saber, entre outros. A oração completiva também pode desempenhar a função sintáctica de sujeito. Vamos descobrir:


Lê atentamente as seguintes frases complexas:

a) Os alunos não sabiam que o professor iria faltar, por isso compareceram logo às oito.

b) Os alunos perguntaram ao professor se ia ver o jogo entre o Benfica e o sporting, embora ele respondesse que era adepto de um dos clubes, confirmou que não ia.

c) Os alunos que se esforçaram tiveram bons resultados, embora um pouco abaixo do esperado.

d) É importante que todos percebam a matéria, porque isto vai sair no teste da próxima semana.

e) O pai do Tiago levou o carro à oficina e o mecânico avisou que necessitava de pastilhas novas.

f) Para o teste, é indispensável que todos tragam folha timbrada da escola para que não percam tempo nem perturbem o início da prova.

g) Todos desejam que chegue a interrupção do carnaval, entretanto vamos fazer um último esforço, que é para o bem de todos, para conseguirmos os nossos objectivos.

h) Que todos obedeçam às leis, é justo.

i) Violam as leis de tal modo que deviam ser proíbidos de exercer a sua cidadania, mas sabem que nada lhes acontece.


1.1 - Identifica o sujeito e o complemento directo ou predicativo do sujeito, conforme o caso, dos verbos destacados.

1.2 - Divide e classifica as orações de cada um dos períodos.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Quando de minhas mágoas a comprida

Quando de minhas mágoas a comprida
Maginação os olhos me adormece,
Em sonhos aquela alma me aparece
Que pera mim foi sonho nesta vida.

Lá numa saudade, onde estendida
A vista pelo campo desfalece,
Corro para ela; e ela então parece
Que mais de mim se alonga, compelida.

Brado: -- Não me fujais, sombra benina!
--Ela, os olhos em mim c'um brando pejo,
Como quem diz que já não pode ser,

Torna a fugir-me; e eu gritando: -- Dina...
Antes que diga: -- mene, acordo, e vejo
Que nem um breve engano posso ter.

Luís de Camões

Deixa um comentário comparando-o com o desgosto de Adamastor!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O VERBO

O verbo é a classe de palavras que mais varia.
O verbo é o núcleo do predicado e da frase, podendo seleccionar ou não complementos.

Classificação dos verbos:
As conjugações
Os verbos distribuem-se por três tipos de conjugações:
1ª de tema em A, como Amar ---> estud - radical, a ---> vogal temática, r ---- desinência

2ª de tema em E, como Escrever -----> escrev- radical, e -----> vogal temática

3ª de tema em I, como partir -------> part- radical, i ----> vogal temática

Esta associação facilita a conjugação de qualquer verbo, porque pertencendo a uma dada conjugação, basta saber um para facilmente conjugarmos qualquer outro, porque segue o mesmo paradigma, ou seja, modelo.

- regulares – o radical não se altera ao longo da conjugação.

- irregulares - o radical altera-se ao longo da conjugação: caber ---> caibo, cabes, coubesse...

- pronominal – conjuga-se acompanhado de um pronome pessoal átono – vejo-o, vê-lo-ei

- pronominal reflexo – conjuga-se com um pronome pessoal átono e refere que a acção é sofrida pelo sujeito: lavo-me, aleijou-se...

- pronominal recíproco - Conjuga-se com um pronome pessoal átono e significa que dois sujeitos praticam a mesma acção.Veja-se a frase: O Eliseu beijou a Dalila. A Dalila beijou o Eliseu. Logo, O Eliseu e a Dalila beijaram-se.

- defectivos – aqueles cuja conjugação é incompleta, faltam pessoas – abolir, falir, colorir..

- impessoais – aqueles que referem fenómenos meteorológicos – nevar, anoitecer...

- unipessoais - flexionam-se apenas na 3ª pessoa do singular e do plural - referem vozes de animais: o cão ladra

Subclasses do verbo de acordo com a selecção de complementos:

- transitivo directo –se a acção se completa com um complemento directo. Ex: O Director convocou o Conselho de Escola.

- transitivo indirecto – se a acção se complementa com um complemento indirecto. Ex: Vasco da Gama agradeceu a Deus, ou seja ele agradeceu-lhe.

- transitivo directo e indirecto – quando estão presentes os complementos directo e indirecto: Ex: O carteiro entregou a encomenda à vizinha.

- intransitivo – não tem complemento directo nem indirecto: A minha irmã já nasceu.

- verbo de ligação ou copulativo – é o verbo não auxiliar que só forma predicado acompanhado de outro elemento: o predicativo do sujeito. Ex: A Joana ficou bastante feliz.
Estes verbos são: ser, estar, ficar, continuar, permanecer.

-verbo auxiliar – juntamente com o verbo principal forma um núcleo sintáctico (tempos compostos) ter e ser ; haver de, estar, ficar, ter de, andar, poder...
Por exemplo para:
-formar a voz passiva:
A professora Elisa apresentou o romance de Gil Duarte. - Voz activa
O romance de Gil Duarte foi apresentado pela professora Elisa.
- formar a conjugação periferástica:
A armada de Vasco da Gama ia sulcando os mares quando Adamastor se começou a revelar, tentando amedrontar os nautas.

Ver Caderno de Actividades, do Manual Plural, pp 15-19 (aqueles que o têm!)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

TRABALHO DE CASA - CORRIGIDO

Este trabalho deve ser feito para as aulas de:

9º B - 14 de Fevereiro de 2011
9º D - 14 de Fevereiro de 2011
9º F - 15 de Fevereiro de 2011

1 - Lê atentamente o pequeno texto que se segue:

Nas tardes longas com sol a pino, quando visito o campo, adoro ouvir o canto do rouxinol aninhado entre os salgueiros que se debruçam sobre o ribeiro cantante. Aquela alegria contagia-me de tal modo que também canto, apesar de não ser grande cantor.

1.1 - Identifica a classe e a subclasse das palavras destacadas.

- quando - Classe: conjunção Subclasse: subordinativa temporal
- canto - Classe: nome Subclasse: comum
- aquela - Classe: determinante Subclasse: demonstrativo
- canto - Classe: verbo Subclasse: 1ª conjugação, intransitivo

1.2 - Transcreve a oração subordinada relativa restritiva.
- "que se debruçam sobre o ribeiro cantante."

1.3 - Transcreve a frase que contém uma oração subordinada consecutiva.

- Aquela alegria contagia-me de tal modo que também canto, apesar de não ser grande cantor.

1.4 - Identifica a forma verbal contagia-me.

- contagia-me é a forma verbal do verbo contagiar, no presente, modo indicativo, primeira pessoa do singular, conjugação pronominal, voz activa.


1.5 - Que função sintáctica desempenha a expressão grande cantor.

- predicativo do sujeito (construção do verbo ser É SEMPRE COM PREDICATIVO DO SUJEITO)


2 - Do conjunto de frases apresentadas seguidamente, transcreve as que contêm orações subordinadas consecutivas:

2.1 - Os alunos que se aplicam obtêm melhores resultados escolares.

2.2 - Os alunos aplicaram-se de tal forma que obtiveram excelentes resultados escolares.

2.3 - O exame não lhes correu bem, embora se tivessem esforçado imenso.

2.4 - O Luís apresentou o livro de tal maneira que ninguém duvidou da sua capacidade.

2.5 - Ele insistiu tanto que não podiamos deixar de estar presentes na sessão de lançamento.


Chave:

2.2

2.4

2.5

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Exercício

GRUPO I
Lê atentamente o texto, que é uma crónica extraída da revista Pública, e responde ao questionário que se segue.

Declaração de Amor
(...)
Cometi uma grave falta moral só possível nos nossos electrónicos tempos. Sofro as consequências. Não sei como reparar o mal, nem a quem pedir perdão. Sinto-me ainda mais isolado na minha solidão.
Foi isto assim. Faz hoje dez dias, antes de adormecer, por volta das duas da manhã, tive a nefasta ideia de verificar se tinha novo correio electrónico. Estava cansado, ligeiramente engripado, confuso com a confusão das coisas do mundo. Entre umas poucas mensagens das quais logo me esqueci, vinha uma declaração de amor. Declaração de amor era mesmo o título da mensagem. Quando a abri e li, percebi que era um texto, que considerei do género poético, que me era enviado por uma pessoa que não vejo há anos, e que, desconheço como, soube do meu endereço electrónico.
A mensagem era bonita, apesar de dois erros ortográficos e um de concordância, mas estranhei que me fosse dirigida. A ausência de traços corporais nas mensagens electrónicas pode ter contribuído para isso. Refiro-me à ausência da caligrafia, do timbre da voz, do cheiro da pele no papel, por exemplo. Uma mensagem electrónica parece ir directamente de uma alma para outra sem necessitar de mais nada, escrita de fantasmas. Quando a li pela segunda vez, fiquei com a nítida, ou confusa, sensação de que não lhe saberia responder, mas que alguma coisa tinha de fazer com ela. Era como um pedaço de fogo que não podia reter nas minhas mãos. Copiei-a mecanicamente, com os vários erros e a sua duvidosa poesia, e mandei-a sem mais para a correspondente favorita.
Antes de carregar no botão send, ainda hesitara, como se adivinhasse a grande asneira que fazia. Mas é tão fácil carregar num simples botão. O que não adivinhava era que as consequências fossem tão graves. No dia seguinte, recebia uma mensagem da minha correspondente favorita, - resposta de uma seriedade só comparável à sua crueldade. Dizia-me, resumidamente, que não admitia que brincasse com ela e pedia-me para não lhe voltar a enviar e-mails. Fiquei destroçado.
Tenho de confessar que fiquei apaixonado pela minha correspondente favorita no preciso instante em que a vira, meses antes, sentada muito direita numa mesa de uma esplanada a olhar o mar. Impressionara-me de maneira definitiva o modo como a beleza dela se misturava com o que interpretei ser uma profunda melancolia. Parecia uma heroína de Dostoievsky. Depois disso nunca mais a vi, porque estamos geograficamente muito afastados por muitas milhas marítimas, se bem que electronicamente tão perto, à distância de segundos. Começámos a correspondermo-nos, primeiro irregularmente, depois todos os dias e mesmo mais do que uma vez por dia.
Eu comecei a gostar dela e creio que ela também começou a gostar de mim. Quando lhe escrevi que lamentava não haver tempo para lhe escrever tudo o que desejava, ela respondeu-me de seguida que uma frase bastava para colorir o dia, para não me preocupar com isso. Ao abrir o meu correio, eu já procurava o seu endereço entre todos os outros e era a mensagem dela, ou que abria primeiro, ou que deixava para o fim. São coisas assim que nos ajudam a avançar nos dias, pequenas coisas que nos retiram por instantes todo o peso do mundo. As mensagens dela tinham espírito, contavam pequenos incidentes, desejavam-me coisas boas. Esperava-as de véspera com uma pequena esperança que me trazia o coração quente.
(…)
Pedro Paixão, in revista Pública, 13 de Janeiro de 2002 (texto com supressões).

1. Numa curta introdução o narrador anuncia, resumidamente, o episódio que vai contar.
1.1. Delimita, no texto, essa introdução.
A introdução corresponde ao primeiro parágrafo.
1.2. Explica, por palavras tuas, o seu conteúdo.
O narrador acha que cometeu um erro, precipitou-se ao ler o correio electrónico e não sabe, ou apresenta algumas dúvidas, como remediar a situação.
2. De seguida o narrador explica, em pormenor, como tudo se passou.
2.1. Descreve todas as acções do narrador desde que abriu “a declaração de amor” até a reenviar à sua correspondente favorita.
Abriu a mensagem veio-lhe à memória a vaga ideia de quem a teria enviado e teceu considrações sobre a mensagem, que "era bonita", tinha erros, mas apesar disso causou-lhe tão boa impressão que a releu e, entusiasmado resolveu reencaminhá-la.
2.2. Antes de enviar a mensagem, o narrador hesitou.
2.2.1. Identifica a(s) razão(ões) que estaria(m) na origem desta indecisão.
As razões da indecisão prendem-se com a vaga ideia de quem seria, a beleza do texto e a possível reacção do receptor. Tudo isso pesou na indecisão.
2.2.2. Transcreve a frase em que ele pretende explicar por que razão enviou a mensagem.
"Era como um pedaço de fogo que não podia reter nas minhas mãos."
2.3. As consequências do seu irreflectido gesto foram ‘graves’.
2.3.1. Imagina o que terá levado a destinatária da mensagem a tomar a atitude descrita.
Pela reacção percebe-se que não estaria à espera de uma mensagem daquelas. Devia ser uma pessoa sem humor e levaria as coisas mesmo a sério. Por outro lado, se calhar as relações entre os dois não teriam sido as melhores, ou então ela estaria a reagir assim porque até podia gostar dele, mas estava magoada.
3. Explica o sentido do seguinte fragmento textual: “Uma mensagem electrónica parece ir directamente de uma alma para outra sem necessitar de mais nada, escrita de fantasmas.” (linhas 11-13)
Esta observação do narrador exemplifica bem a comunicação nos dias de hoje. É de uma simplicidade enorme, mas ao mesmo tempo tão complexa e eficaz. Parece que se comunica sem mediador, de alma a alma, entenda-se de computador a computador, como se nada existisse a fazer essa ligação. Ao fim e ao cabo o canal de comunicação é invisível, daí a aproximação a fantasma.
4. Identifica também as figuras de estilo presentes nos excertos:
a) "escrita de fantasmas".
A expressão é uma metáfora. Refere-se a uma realidade de escrita como se fosse própria de fantasmas. Aproxima um conceito do outro, mas sem usar a partícula comparativa.
b) "pequenas coisas que nos retiram por instantes todo o peso do mundo."
Neste caso a frase transmite-nos a ideia de exagero, portanto o recurso estilístico é a hipérbole.

Agradeço ao Paulo de Lousada por me facultar esta prova

PROVA INTERMÉDIA DE PORTUGUÊS

HORÁRIO E CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO E DE DIVULGAÇÃO DOS TESTES
Cada uma das aplicações ocorre em simultâneo em todo o território nacional e, de acordo com o horário dos toques de cada escola, deverá ter início entre as 10h e as 10h 45min., no Continente e na Região Autónoma da Madeira, e entre as 9h e as 9h 45min., na Região Autónoma dos Açores.

Os alunos devem comparecer na sala indicada às 10:10

9º B Sala 22

9º D Sala 26

9º F Sala 24


No caso da EPJAL a prova terá início às 10:20



Levar folha de teste da escola

Levar esferográficas azuis ou pretas, não são permitidas outras cores.

Não usar corrector.

Não escrever nas margens das folhas de prova.

Assinalar sempre as perguntas, escrevendo o número respectivo.

Deixar, pelo menos, uma linha entre questões.

Durante a realização da prova, nenhum aluno pode abandonar a sala, salvo por motivo de força maior, caso em que deve ser devidamente acompanhado.

Os alunos não deverão ser portadores de telemóveis ou de outros sistemas de comunicação durante o período de realização dos testes.


Até 24 horas após a aplicação, e sempre depois das 16h do dia da aplicação, os enunciados e os critérios de classificação dos testes ficam disponíveis na página do GAVE, acessíveis ao público em geral.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Correção da Ficha 2

I - Gramática

1. o seguinte excerto de um conto de Sofia de Melo Breyner:
“Em Novembro as primeiras camélias eram de um rosa pálido e transparente e mantinham-se direitas e rijas na haste. Os seus troncos largavam nos dedos um escuro que as crianças limpavam ao bibe.(…)No fundo da quinta, para os lados da barra, Hans mandou construir uma torre.(…) Consigo às vezes levava Joana, a neta mais velha, que achava na torre grande aventura e mistério, e a quem ele ensinava o nome e a história dos barcos.”

1.1 – Transcreve as palavras destacadas de acordo com a sua classe:
Nomes comuns: camélias, haste, pó, troncos, aventura

Verbos: lê, limpavam, mandou

Adjectivos: pálido, transparente, escuro

Transcreve também:
Um numeral: primeiras
Dois determinantes artigos: as, os há outros
Um determinante possessivo: seus
Um pronome relativo: que ou quem

1.2 – Agrupa essas palavras de acordo com a sua acentuação:
Esdrúxulas: camélias, pálido
Graves: haste, troco, aventura, troncos, limpavam
Agudas: pó, mandou

1.3 - Identifica o antecedente do pronome "quem". (linha 5) : Joana

2 – Escreve um texto entre 25 e 50 palavras em que apliques as preposições: de, a, através, após, até, por, com, sem, durante
Um dia deste, após o almoço, fui de Lisboa a Évora. Como ia sem pressa, fui com vagar. Parei em Montemor e caminhei através dos campos, por outeiros e vales floridos. Durante esse longo passeio, pude sorver a calma da planície desse fim de tarde primaveril até ao anoitecer que me obrigou a regressar e retomar a viagem.
3 – Completa o quadro de modo a encontrares as palavras da mesma família de acordo com a classe em falta:
Nome: escuridão Verbo: escurecer Adjectivo escuro
Verbo: ver Nome visão Adjectivo visível
Adjectivo: familiar Nome família Verbo: familiarizar

4 – Dá atenção às seguintes frases:
a)– Uma ocasião, Hans mandou construir uma torre junto à barra.
b)- Para ver a entrada e a saída dos seus barcos.
c)- Ele e a neta, daí em diante, de vez em quando, juntavam-se na torre.

4.1 – Indica o sujeito e o predicado de cada uma das frases:
sujeito Predicado
a) Hans mandou construir uma torre junto à barra.
b) ele (Hans) ver a entrada e a saída dos seus barcos.
c) Ele a a neta juntavam-se na torre.
4.2 – Classifica, quanto ao tipo, os sujeitos das frases.
a) simples
b) omisso/subentendido
c) composto

4.3 – Indica o complemento directo das frases.
a) uma torre
b) a entrada e a saída dos seus barcos

4.4 - Que função sintáctica desempenha a expressão "de vez em quando" (frase c)?
complemento circunstancial de tempo
4.5 – Como se designam os verbos que pedem complemento directo?
transitivos directos

5 – Atenta na seguinte frase: Depois, quando queria trabalhar, oferecia à neta lápis e papel.
5.1 – Identifica e classifica os complementos da forma verbal oferecia.
lápis e papel - complemento directo
à neta - complemento indirecto
5.2 – Reescreve a frase substituindo o complemento destacado por um pronome pessoal.
Depois, quando queria trabalhar, oferecia-lhe lápis e papel.
5.3 – Classifica a oração subordinada introduzida pela conjunção quando.
oração subordinada adverbial temporal ou oração subordinada temporal

6 - Dá atenção à seguinte frase e classifica a função sintáctica que desempenha a expressão destacada: Consigo às vezes levava Joana, a neta mais velha, que ficava entusiasmada com essa grande aventura e mistério.
6.1 - Transcreve a oração subordinada relativa desse período..
que ficava entusiasmada com essa grande aventura.
6.2 - Escolhe a opção correcta. A classificação do verbo sublinhado é:

a)- Intransitivo
b)- Copulativo (verbos ser, estar, ficar, permanecer, continuar são copulativos)
c - Transitivo directo
d)- Transitivo indirecto

7 - Dá tenção às frases que se seguem:
a)- A direcção do Porto de Lisboa fechou a barra do Tejo.
b)- A direcção barra a entrada aos sócios que não tragam cartão.

em a) é nome comum
em b) é verbo
7.1 - Identifica a classe das palavras sublinhadas, segundo a sua ocorrência.
7.2 - Que relação se estabelece entre as duas palavras?
São palavras homónimas.
8 - Escreve o hiperónimo de:
a) pêssegos, romãs, cerejas, uvas, maçãs
fruta
b) papoilas, camélias, gladíolos, boninas flores

9 - Escreve seis hipónimos de:
a) automóvel:
Fiat, Ferrari, Mercedes, Audi, Peugeot, Seat
b) roupa:
calças, calções, camisa, camisola, blusão, bermudas...

10 - Discurso directo/indirecto

10.1 - Passa para o discurso indirecto:

Rei: Como já declarei ontem, não te valem os teus apelos, estás perdida pelo mal que fizeste a este reino.
Inês: Perdoa-me, ó rei benigno. Ontem amei, hoje amo e amanhã, viva ou morta, continuarei a amar aquele que será rei.
O rei disse que como já tinha declarado no dia anterior/anteriormente, não lhe valiam os seus apelos, que estava perdida pelo mal que tinha feito/fizera àquele reino.
Inês insistia que o rei benigno lhe perdoasse. Outrora tinha amado/amara, hoje amava e no futuro, viva ou morta, continuaria a amar aquele que seria rei/viria a ser rei/havia de ser rei.
10.2 - Passa para o discurso directo:

A mãe de Joana dizia-lhe que não gostava que acompanhasse o avô, porque era perigoso andar de barco na barra, pois havia acidentes diariamente.
Joana respondia que era o seu divertimento preferido e que o avô cumpria todas as regras de segurança, por isso não se preocupasse.


A mãe disse-lhe:
- Não gosto que acompanhes o avô, porque é perigoso andar de barco na barra, pois há acidentes diariamente.
Joana respondeu-lhe:
- Este é o meu dvertimento preferido e o avô cumpre as regras de segurança, por isso não te preocupes.

10.3 - Identifica as formas verbais: gostava e acompanhasse
- gostava - 3ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do modo indicativo do verbo gostar na voz activa.
- acompanhasse - 3ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do modo conjuntivo na voz activa

II - Interpretação/Comentário

Lê atentamente as estrofes de Os Lusíadas retiradas do canto III.

124
Traziam-na os horríficos algozes
Ante o Rei, já movido a piedade;
Mas o povo, com falsas e ferozes
Razões, à morte crua o persuade.
Ela, com tristes e piedosas vozes,
Saídas só da mágoa e saudade
Do seu Príncipe 1 e filhos, que deixava, 1 - Príncipe, D. Pedro
Que mais que a própria morte a magoava,

125
Pera o céu cristalino alevantando,
Com lágrimas, os olhos piedosos
(Os olhos, porque as mãos lhe estava atando
Um dos duros ministros rigorosos);
E depois nos mininos atentando,
Que tão queridos tinha e tão mimosos,
Cuja orfindade como mãe temia,
Pera o avô cruel assim dizia:

126
-«Se já nas brutas feras, cuja mente
Natura fez cruel de nascimento,
E nas aves agrestes, que somente
Nas rapinas aéreas têm o intento,
Com pequenas crianças viu a gente
Terem tão piadoso sentimento
Como com a mãe de Nino 2 já mostraram,
2 - Nino, Príncipe assírio
E cos irmãos 3 que Roma edificaram:
3 - Rómulo e Remo, fundadores de Roma

127
Ó tu, que tens de humano o gesto e o peito
(Se de humano é matar ua donzela,
Fraca e sem força, só por ter sujeito
O coração a quem soube vencê-la),
A estas criancinhas tem respeito,
Pois o não tens à morte escura dela;
Mova-te a piedade sua e minha,
Pois te não move a culpa que não tinha.

128
E se, vencendo a Maura resistência,
A morte sabes dar com fogo e ferro
Sabe também dar vida com clemência
A quem pera perdê-la não fez erro.
Mas, se to assim merece esta inocência,
Põe-me em perpétuo e mísero desterro,
Na Cítia fria ou lá na Líbia ardente,
Onde em lágrimas viva eternamente.

129
Põe-me onde se use toda a feridade,
Entre liões e tigres, e verei
Se neles achar posso a piedade
Que entre peitos humanos não achei.
Ali, co amor intrínseco e vontade
Naquele por quem mouro, criarei
Estas relíquias suas, que aqui viste,
Que refrigério 4 sejam da mãe triste.»
4 - refrigério - consolação, apoio
Camões, Lusíadas


1 - Redige um texto expositivo, bem estruturado em três parágrafos, com um mínimo de 70 e um máximo de 130 palavras, em que indiques:

- o episódio a que se referem as estrofes e a sua integração num dos planos narrativos de Os Lusíadas, identificando a personagem principal;

Estas estrofes referem-se ao episódio de Inês de Castro e pertencem ao Plano narrativo da História de Portugal. A Personagem principal é Inês de Castro.

- o motivo da apresentação dessa personagem perante o rei, e o facto de parte do texto aparecer entre aspas, referindo ainda, pelo menos, três argumentos que essa personagem apresenta em sua defesa;
Inês é apresentada perante o conselho do rei porque tinha uma relação amorosa com o príncipe D. Pedro. O texto apresenta-se entre aspas porque reproduz o discurso directo, discurso de defesa perante o rei. Inês apresenta três argumentos em defesa da vida: até os animais têm compaixão dos indefesos como Rómulo e Remo, a orfandade dos filhos, em alternativa o exílio, nunca a morte.
- por fim, identifica o narrador e apresenta a divisão deste excerto em partes lógicas, atribuindo um título a cada uma delas.
O excerto divide-se em duas partes. A primeira, apresentação de Inês a julgamento (est. 124-125; a segunda, da 126-129, discurso de defesa de Inês.
O narrador do episódio é Vasco da Gama.

Bom trabalho
JM


domingo, 23 de janeiro de 2011

Frase simples e complexa

Conjunções e locuções conjuncionais Coordenativas

São palavras ou expressões invariáveis que sevem para ligar frases/orações

Copulativas: e, nem, não só... ... mas também

Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto

Disjuntivas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem

Conclusivas: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim

Veja-se Caderno de actividades PP 23-24

COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO: DUAS FORMAS DE LIGAR ORAÇÕES
A frase simples é constituída por uma única oração, um único verbo conjugado

Exemplo:
Assim gemia o magnânimo Ulisses, à beira do mar lustroso...

A frase complexa é constituída por duas ou mais orações.

Exemplo:
Através da vaga, fugiu e trepou sofregamente à jangada, soltou a vela, fendeu o mar, pois partiu para os trabalhos, para as tormentas, para as misérias — para a delícia das coisas imperfeitas!

Este período é constituído por 5 orações. Vamos dividi-las:

- Através da vaga, fugiu
- e trepou sofregamente à jangada, - coordenada copulativa sindética
- soltou a vela, - coordenada copulativa assindética (não se usa conjunção)
- fendeu o mar, - coordenada copulativa assindética
- pois partiu para os trabalhos, para as tormentas, para as misérias — para a delícia das coisas imperfeitas! - coordenada copulativa conclusiva

Coordenação
As orações, embora ligadas, podem manter-se independentes. Nesse caso, existe entre elas uma relação de coordenação, isto é ligação.

A coordenação pode ser sindética, isto é, com a conjunção expressa:

O Tiago foi ao Parque das nações e visitou o Oceaanário e divertiu-se imenso.
Decomposição:

O Tiago foi ao Parque das Nações.

O Tiago visitou o Oceanário.

A coordenação pode ser assindética, isto é, sem a conjunção expressa:

O Tiago foi ao Parque das Nações, visitou o Oceanário, divertiu-se à grande.


Orações coordenadas
• Copulativas
Exemplo: • Calipso, a deusa radiosa, o recolhera e o amara.

• Adversativas
Exemplo:

• Dez anos antes, também desconhecia a sorte de Ítaca e dos seres preciosos que lá deixara em solidão e fragilidade; mas uma empresa heróica o agitava;

• Disjuntivas
Exemplo:

• Em oito anos, ó deusa, nunca a tua face rebrilhou com uma alegria, nem dos teus verdes olhos rolou uma lágrima, nem bateste o pé com irada impaciência, nem, gemendo com uma dor, te estendeste no leito macio...

Neste caso a conjunção nem liga orações

• Conclusivas
Exemplo:

• As suas decisões, clementes ou cruéis, resultam sempre em harmonia, por isso o seu braço se torna terrífico aos peitos rebeldes.

Conjunções e locuções conjuncionais Subordinativas

São palavras ou expressões invariáveis que servem para ligar frase/orações

Temporais: quando, sempre que, desde que, enquanto, mal, antes que, até que, logo que, depois de

Causais: porque, como, pois, porquanto, pois que, por isso, que, já que, uma vez que, visto que, visto como

Condicionais: se, caso, contanto que, salvo se, dado que, desde que, a menos que

Finais: para que, a fim de que

Comparativas: como, assim como, bem como, como se

Concessivas: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, apesar de que

Consecutivas: que (combinada com tal, tão, tanto) de sorte que, de forma que de maneira que

Completivas: que, se
Ver Caderno de actividades pp 23-24


Subordinação

Na frase complexa com orações subordinadas uma das orações, a subordinante ou principal, mantém-se independente. As que dependem dela são subordinadas e recebem a denominação da conjunção ou locução que as iniciam.

Orações Subordinadas

Ulisses que saiu de Ítaca para atacar Tróia vagueou durante dez anos, porque os deuses se eufureceram contra ele, embora Vénus lhe tivesse prometido que chegaria são e salvo à sua pátria.

Este período é constituído por 6 orações. Vamos dividi-las e classificá-las:

- Ulisses vagueou durante dez anos. - oração subordinante/principal
- que saiu de Ítaca. - oração subordinada relativa restritiva
- para atacar Tróia. - oração subordinada final
- porque os deuses se enfureceram contra ele. - oração subordinada causal
- embora Vénus lhe tivesse prometido. - oração subordinada concessiva
- que chegaria são e salvo à sua pátria. - oração subordinada completiva/integrante

As orações subordinadas podem ser:

• Temporais
Exemplo:
Quando Eos vermelha aparecer, amanhã, eu te conduzirei à floresta.

• Causais
Exemplo:
• Calipso reconhecera logo o mensageiro - pois que todos os imortais sabem uns dos outros os nomes, os feitos e os rostos soberanos.

• Condicionais
Exemplo:
- Ó Ulisses, vencedor de homens, se tu ficasses nesta ilha, eu encomendaria para ti, a Vulcano e às suas forjas do Etna, armas maravilhosas...

• Finais
Exemplo:
- Ó deusa, pensas tu na verdade que nada falte para que eu largue a vela?

• Comparativas
Exemplo:
• Estas gaivotas repetem tão incessantemente, tão implacavelmente, o seu voo harmonioso e branco que eu escondo delas a face, como outros a escondem das negras harpias!

• Concessivas
Exemplo:
• Mas, ainda que não existisse, para me levar, nem filho, nem esposa, nem reino, eu afrontaria alegremente os mares e a ira dos deuses!

Consecutivas
Exemplo:
• Ulisses pisou a areia de tal modo, que o magnânimo herói não a sentiu deslizar.

Completivas (ou integrantes) - têm a função de um nome ou expressão nominal, são normalmente sujeito ou complemento directo de um verbo declarativo.

Exemplo: Por isso Júpiter, regulador da ordem, te ordena, deusa, que soltes o magnânimo Ulisses.
A oração completiva pode ser substituída por uma expressão nominal:

Por isso Júpiter (...) ordena a libertação do magânimo Ulisses.

Ordena o quê? - que soltes Ulisses... esta oração funciona como complemento directo do verbo ordenar, completa o sentido, equivale a libertação ....

A deusa disse que soltassem Ulisses. disse o quê? que O soltassem --- CD
Uma oração subordinada completiva pode ser sujeito:
Que digam a verdade em tribunal é fundamental.
Sujeito: que digam a verdade;
Predicado: é fundamental. - fundamental é o predicativo do sujeito selecionado pelo verbo SER
Assim, a oração completiva pode ser substituída por um pronome pessoal:
Ela é fundamental.

Orações subordinadas Relativas – são iniciadas por pronomes relativos, são de dois tipos:

Restritivas

Exemplo: Ulisses atirou o machado contra um vasto carvalho que gemeu profundamente.
Decomposição:
- Ulisses atirou o machado contra um vasto carvalho.
- O carvalho gemeu profundamente.

A oração relativa "que gemeu profundamente", é restritiva e funciona como um adjectivo, tem a função sintáctica de atributo (ou modificador frásico do nome): (...)
um vasto carvalho rachado, ferido...

Explicativas
Exemplo:
Ulisses, que astuciosamente se livrou de muitos perigos, sofreu durante dez anos a fúria dos deuses.

A oração relativa explicativa "que astuciosamente se livrou de muitos perigos" funciona como uma expressão nominal, tem a função sintáctica de aposto (ou modificador apositivo) e vem sempre entre vírgulas.
A oração relativa pode ser substituída por uma expressão nominal:
Ulisses, astuto e aventureiro, sofreu durante dez anos a fúria dos deuses.

Nota: Também pode aparecer a designação de oração relativa adjectiva restritiva ou explicativa.
Há ainda as orações subordinadas relativas substantivas ou independentes, isto é, o pronome relativo não tem antecedente. Estas orações têm, normalmente, função sintáctica de sujeito (1), complemento indirecto (2), agenta da passiva (3), entre outros....


1 - Quem critica quer sobressair. (função de sujeito)
- Ele critica quer sobressair.


2 - Às vezes não damos valor a quem o merece. (função de complemento indirecto)
- Às vezes não lhe damos valor.


3 - As ordens foram dadas por quem tem poder. (agente da passiva)
- As ordens foram dadas pelo director.


Este é um assunto complexo. Os exemplos apresentados são apenas ilustrativos de algumas ocorrências. Consulte-se a gramática, em caso de dúvida.

Sobre verbos

Ficha para as aulas de

9º F - 25 de Janeiro
9º D e B 27 de Janeiro

FORMAS VERBAIS QUE SUSCITAM DÚVIDAS ORTOGRÁFICAS

Completa cada uma das frases com a forma considerada correcta em cada caso.

1. FALA-SE OU FALASSE?
1.1. Hoje em dia ____________ muito na urgência de uma vacina contra a sida.
1.2. Se ela não ____________ tanto, talvez ele acreditasse mais nela.

2. PRATICA-SE OU PRATICASSE?
2.1. O treinador queria que eu ____________ mais remates com bola parada.
2.2. No meu clube, ____________ andebol, basquetebol e hóquei em patins.

3. ESTUDA-SE OU ESTUDASSE?
3.1. Se a Marta ____________ mais um pouco, obteria melhores resultados.
3.2. Na biblioteca da escola, ____________ muito calmamente. 4. LAVA-SE OU LAVASSE?
4.1. O Pedro ____________ todas as manhãs.
4.2. A mãe pediu-lhe que ____________ a louça do jantar.

5. DEVE-SE OU DEVESSE?
5.1. O grande número de acidentes ____________, sobretudo, ao excesso de velocidade.
5.2. Depois do que fez, talvez ele ____________ pedir desculpa à Sofia.

6. VENDE-SE OU VENDESSE?
6.1. Se a Celeste ___________ frutas e legumes, teria mais clientes.
6.2. Na loja do senhor André, ____________ de tudo um pouco.

7. COME-SE OU COMESSE?
7.1. Em Portugal, por norma, ____________ demasiado às refeições.
7.2. Ela seria mais saudável, caso ____________ alimentos menos gordos.

8. LÊ-SE OU LESSE?
8.1. Este romance ____________ com muito entusiasmo.
8.2. Os meus pais queriam que eu ____________ mais livros.

9. BEBE-SE OU BEBESSE?
9.1. Se ela não ____________ tanta água, já teria tido mais problemas nos rins.
9.2. Na minha casa, ____________ água às refeições.

10. ESCREVE-SE OU ESCREVESSE?
10.1. Nas aulas de Português, ____________ pouco.
10.2. Se eu ____________ com mais frequência, superaria as dificuldades.

11. TRABALHA-SE OU TRABALHASSE?
11.1. Nas aulas de Matemática, ____________ com método e com rigor.
11.2. A directora de turma disse que, se eu ____________ mais, conseguiria melhores resultados.

12. SUSPENDE-SE OU SUSPENDESSE?
12.1. Se a empresa fornecedora ____________ a venda das matérias-primas, teríamos de parar a produção.
12.2. ____________ a venda deste medicamento para as dores, pois surgiram suspeitas de que pro-voca lesões no estômago.

13. DAMOS OU DÁ-MOS?
13.1. Não posso comprar estes livros, mas a minha avó ____________ no Natal.
13.2. Toda a gente sabe que não nos ____________ com os nossos vizinhos.

14. FOSTE OU FOSTES?
14.1. Tu ____________ ontem à noite ao cinema com a Carla?
14.2. Onde ____________ vós depois do filme, que nunca mais vos vimos?

15. LAVAS-TE OU LAVASTE?
15.1. Tu ____________ ontem a louça do jantar?
15.2. Tu ____________ todas as manhãs antes de saíres de casa?

16. EMPRESTAR-MOS OU EMPRESTARMOS?
16.1. O pai da Cristina pediu para nós ____________ a bicicleta à filha.
16.2. Como não podia comprar os patins ao Rui, ele vai ____________.

17. COMPRAR-NOS OU COMPRARMOS?
17.1. Como temos de mudar de cidade, a nossa tia vai ____________ a casa.
17.2. Vamos ficar endividados, se ____________ um caro tão caro.

18. TROUXESTE OU TROUXESTES?
18.1. O que é que vós _______________ do estrangeiro para nos oferecer?
18.2. Tu _______________ uma alegria imensa a esta casa.

19. AUXILIARMOS OU AUXILIARMO-NOS?
19.1. _______________ uns aos outros é um dever de todos para com todos.
19.2. Eles pediram-nos para nós os _______________.

20. VIRMOS OU VIERMOS?
20.1. Só quando nós _______________ de férias é que poderemos contactá-los.
20.2. Só acreditamos no que ele está a dizer quando _______________ com os nossos olhos.

21. COMPROMETERMO-NOS OU COMPROMETER-NOS?
21.1. É necessário _______________ mutuamente na resolução deste problema.
21.2. Nós queremos _______________ na luta pela paz no mundo.

22. VENDEMOS OU VENDE-MOS?
22.1. Se eu quiser comprar os jogos ao Filipe, ele _______________.
22.2. Eu e a Paula _______________ fruta no mercado.

23. CONFIARMOS OU CONFIAR-NOS?
23.1. Como somos teus amigos, podes _______________ as tuas preocupações.
23.2. Para nós _______________ em ti, terás de nos fazer prova de que não estás com segundas intenções.

24. PERCEBERMOS OU PERCEBER-NOS?
24.1. Vamos consultar o mapa, para _______________ em que ponto da cidade estamos.
24.2. Ela não está a _______________ bem por causa do ruído.

Correção da 1ª. Ficha de trabalho

1. Associa cada um dos elementos de A ao único elemento de B que lhe corresponde, de acordo com o sentido do texto A.

Escreve o número de cada um dos elementos de A e a letra relativa ao elemento de B que lhe corresponde. Utiliza cada número e cada letra apenas uma vez.


(1) Número de países europeus onde, de acordo com a informação do mapa, residem portugueses.

(2) Número de alunos que, há vinte anos, estudavam português em Espanha.

(3) Número aproximado de pessoas que, em países de língua oficial portuguesa e na comunidade portuguesa no mundo, falam português.

(4) Número de países cuja língua oficial é o português.

(5) Número de pessoas que, em Angola e em Moçambique, têm, actualmente, o português como língua de referência.


(a) 6

(b) 8

(c) 20

(d) 100

(e) 10 mil

(f) 35 milhões

(g) 55 milhões

(h) 244 milhões

1 - a; 2 - d; 3 - h; 4 - b; 5 - f

Atenção!Este tipo de questões não têm cotação intermédia, ou está bem ou mal.


2. Indica a expressão do texto a que se refere a palavra «Aí» (linha 13).

África

3. Selecciona, para responderes a cada item (3.1. a 3.6.), a opção que permite obter a afirmação adequada ao sentido do mapa e do texto. Escreve o número do item e a letra correspondente a cada opção que escolheres.

3.1. O mapa contém a indicação do número de
(A) países em que a língua oficial é o português.
(B) residentes portugueses em diferentes países e continentes.
(C) imigrantes oriundos de vários países e residentes em Portugal.
(D) estudantes de português em diferentes países e continentes

3.2. De acordo com o mapa, o número de portugueses residentes no Brasil é
(A) inferior ao número de portugueses residentes em Espanha.
(B) inferior ao número de portugueses residentes no Reino Unido.
(C) superior ao número de portugueses residentes na Alemanha.
(D) superior ao número de portugueses residentes em França.

3.3. No texto, a informação de que o português está em expansão em Espanha é apresentada como sendo um facto
(A) preocupante.
(B) tranquilizador.
(C) previsível.
(D) surpreendente.

3.4. De acordo com o texto, o interesse crescente pela língua portuguesa, na China, deve-se à vontade de (A) conhecer o futebol português.
(B) fazer turismo em Portugal.
(C) estabelecer negócios em África.
(D) investir na economia brasileira.

3.5. Na linha 16, a palavra «todavia» pode ser substituída pela expressão
(A) por isso.
(B) além disso.
(C) por conseguinte.
(D) no entanto.

3.6. Segundo as informações contidas no último parágrafo do texto, a rnacionalização de uma língua depende, em grande medida,
(A) do papel que os países onde se fala essa língua assumirem a nível internacional, nos planos político, económico ou científico.
(B) do valor que os países onde se fala essa língua atribuírem à política, à economia e à ciência.
(C) da consagração a nível internacional de alguns falantes dessa língua, nos planos político, económico ou científico.
(D) da ajuda que os países onde se fala essa língua receberem da comunidade internacional.

Lê o seguinte poema de Ruy Belo e responde, de forma completa e bem estruturada, ao item 4.

TEXTO B
E TUDO ERA POSSÍVEL
Na minha juventude antes de ter saído
da casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido

Chegava o mês de maio era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido

E tudo se passava numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer

Só sei que tinha o poder duma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível era só querer

Ruy Belo, Obra Poética de Ruy Belo, vol. 1,
organização de Joaquim Manuel Magalhães, Lisboa, Editorial Presença, 1981

4. Redige um texto, com um mínimo de 70 e um máximo de 100 palavras, em que exponhas uma leitura do poema.

O teu texto deve incluir:
● uma parte inicial, em que indiques o título do poema e o nome do seu autor e na qual identifiques o momento da vida que é recordado no poema;

● uma parte de desenvolvimento, em que refiras a importância que o «eu» atribui ao momento que identificaste, justificando a tua interpretação com um elemento do texto e explicando o sentido da expressão «o poder duma criança» (verso 12);

● uma parte final, em que identifiques um dos sentimentos dominantes no poema, relacionando esse sentimento com o título.

A resposta deve organizar-se em três parágrafos, como tenho vindo a indicar continuamente desde Novembro de 2010. Ainda há quem não o faça, logicamente que vai perder pontos, no que toca à avaliação da estrutura do texto.

A resposta deve focar os seguintes tópicos:


1º Parágrafo do teu texto comentário deve incluir, então
- o título do poema: "E tudo era possível"
- o autor do poema: Ruy Belo
- momento da vida recordado: a juventude ou antes de sair de casa dos pais ou momento do passado (referir só a infância tem 0 pontos)

2º Parágrafo do teu texto comentário deve incluir, então

- referir a importância que o "eu" ou sujeito poético atribui a essa fase da vida (juventude)
- o "eu" atribui grande importância a essa fase da sua vida.
- justificas a interpretação referindo por exemplo um dos versos seguintes: "era tudo florido" (V. 5); ou "havia nas coisas sempre uma saída" (v. 10); ou "entre as coisas e mim havia vizinhança"; v. 13) ou "tudo era possível era só querer" (v. 14)
- explicar o significado da expressão "o poder duma criança" (v.12, por exemplo, esta expressão sugere/significa que quando somos crianças parece não haver limites, gozaamos de uma liberdade imensa.

3º parágrafo deves relacionar um dos seguintes sentimento com o título do poema.

- o sentimento dominante é a saudade/nostalgia da juventude ou tristeza resultante do tempo que já passou ou perda do poder de sonhar ou felicidade só por recordar a infância onde o poeta se refugia.

- Esse sentimento, saudade ou tristeza ou perda, revela uma relação de contraste com tempo, a altura, a época evocado pelo título "E tudo era possível".

Aqueles que optassem por sentimento de felicidade deviam justificar da seguinte forma:
- esse sentimento é a felicidade e revela uma relação de identificação entre o sentimento e a ideia de poder sem limites simbolizado pelo título "E tudo era possível".


Texto:
O poema escrito por Ruy Belo intitula-se "E tudo era possível". O momento recordado é a juventude, todo o passado antes de sair de casa dos pais.

O "eu" atribui muita importância a essa fase da vida. Há muitos versos que atestam a minha posição, nomeadamente "era tudo florido" (V. 5); "havia nas coisas sempre uma saída" (v. 10).
Quanto ao significado de "o poder duma criança" (v.12), no contexto do poema, sugere que quando somos crianças parece não haver limites, gozamos de uma liberdade imensa.

O sentimento dominante é a saudade. Estabelece-se uma relação de contraste com o passado, em que era feliz, e o presente, bem como com o título do poema "E tudo era possível".


118 - palavras

Numa questão deste tipo a cotação está dividida entre:

Conteúdo (C), o que é dito, as ideias, normalmente 6 pontos;
Forma (F), isto é a escrita, normalmente 4 pontos

Quem fizer um texto com o número de palavras inferior a 22, não tem pontuação.

Quem se afastar muito das 70 e 120, começa a desvalorizar:

1 ponto para textos textos com menos de 50, mas mais de 22, ou com mais de 120


GRUPO II

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.
1. Os segmentos (A), (B), (C), (D) e (E) constituem partes de um texto e estão desordenados. Escreve a sequência de letras que corresponde à ordem correcta dos segmentos, de modo a reconstituir o texto. Começa a sequência pela letra (E).


(A) Quanto aos empreendimentos norte-africanos, iniciados com a conquista de Ceuta, continuavam divididas as opiniões e permaneciam as dúvidas sobre o caminho a tomar. D. Duarte acabaria por determinar a realização de uma nova campanha militar em África.

(B) Por fim, a expansão marítima haveria de ser impulsionada, dando continuidade às viagens realizadas durante o reinado de D. João I, nomeadamente as que conduziram à ocupação das ilhas de Porto Santo e da Madeira, à chegada às ilhas dos Açores e ao reconhecimento da costa ocidental africana.

(C) Quando se viu à frente do reino, D. Duarte prosseguiu a orientação política herdada de D. João I, da qual se realçam três factores principais: fortalecimento do poder régio, conquista de praças no Norte de África e, em simultâneo, expansão marítima em águas atlânticas.

(D) No que respeita ao primeiro aspecto, referente ao reforço do poder monárquico, foi significativa a promulgação da Lei Mental, que determinava que só o filho primogénito, varão e legítimo poderia herdar os bens que seu pai tivesse recebido da coroa.

(E) O rei D. Duarte nasceu no dia 31 de Outubro de 1391, na cidade de Viseu, e subiu ao trono de Portugal em 1433. Filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, desde cedo foi associado à governação por seu pai, a quem sucedeu para assumir os destinos do país durante um breve reinado de cinco anos.

E-C-D-A-B

2. Reescreve na forma activa a frase seguinte.
O mapa dos países de língua oficial portuguesa tinha sido apresentado pelo professor aos alunos.

Análise da frase:

Sujeito - O mapa dos países de língua oficial portuguesa, na frase activa vai ser o complemento directo.

Predicado: tinha sido apresentado pelo professor aos alunos

O predicado contém:

- verbo - tinha sido apresentado - trata-se do pretérito perfeito composto na voz passaiva

- pelo professor, é agente da passiva. Na frase activa vai ser o sujeito.

- aos alunos - complemento indirecto

Temos então:

O professor tinha apresentado aos alunos o mapa dos países de língua oficial portuguesa.




3. Classifica a oração sublinhada na frase seguinte.
O professor de Geografia, enquanto os alunos observavam o mapa, falava de países longínquos.

- oração subordinada adverbial temporal ou oração subordinada temporal, porque é iniciada pela conjunção temporal "enquanto"

4. Indica, para cada um dos itens (4.1. a 4.7.), a função sintáctica que a expressão sublinhada desempenha em cada uma das frases.

4.1. Nessa manhã, chegaram os passageiros ao navio. sujeito

4.2. Nessa manhã, encontraram os passageiros no navio. c. directo

4.3. Camões, o épico português, é admirado pela sua obra. aposto/modificador apositivo

4.4. Camões escreveu os Lusíadas e ofereceu-os ao rei D. Sebastião. c. indirecto

4.5. Camões é admirável. predicativo do sujeito (atenção aos verbos ser, estar, ficar, permanecer, continuar)

4.6. É admirável, Camões. sujeito, neste caso está invertido
4.7. Camões é interessante e admirável. sujeito

5. Selecciona a opção em que a palavra «a» é uma preposição.
Escreve a letra correspondente à opção que escolheres.
(A) Amanhã chega do Brasil a minha melhor amiga.
(B) Encontrei uma boa gramática, mas não a comprei.
(C) O meu amigo António chegou a Lisboa ontem.
(D) O passageiro misterioso subiu para a embarcação.

C - o verbo chegar pede uma preposição: chegar a, de, até, através, durante - etc.

6. Selecciona a opção em que a palavra «alto» é um adjectivo.
Escreve a letra correspondente à opção que escolheres.
A - Alto! O senhor anda a conduzir sem carta!
B - Ainda há neve no alto daquela serra.
C - O cume daquela serra é o mais alto que conheço.
D - A sirene tocou alto porque havia fogo na serra.

C - alto qualifica o "cume" que é mais alto de todas as serras que conheço, está no grau superlativo relativo de superioridade

7. Selecciona a opção em que a palavra «alto» é um advérbio.
Escreve a letra correspondente à opção que escolheres.
(A) Há um ninho de águia no alto daquele monte.
(B) As garças são conhecidas pelo seu pescoço alto.
(C) O galo cantou alto e fez-se ouvir nas redondezas.
(D) Esse ninho fica num local muito alto e inacessível.

C - porque o advérbio vem junto ao verbo modificando-o, neste caso indica o modo como o galo cantou, é um advérbio de modo, como o galo cantou bem, mal, devagar...

8. Selecciona a opção em que a palavra sublinhada seja formada por parassíntese.
Escreve a letra correspondente à opção que escolheres.
A – Alto! O senhorio quer aumentar a renda.
B - Ainda há neve nos cumes daquelas serranias.
C – Desconheço o cume daquela serra.
D - A sirene tocou mesmo ao entardecer.

D - entardecer - palavra formada por prefixação e sufixação ao mesmo tempo, palavra primitiva tarde, não há a palavra tardecer, nem entarde....

9. Completa cada uma das frases seguintes com as formas adequadas dos verbos apresentados entre parênteses, usando apenas tempos simples. Escreve a alínea e a forma verbal que lhe corresponde.

Os ecologistas lamentam que, frequentemente, as cegonhas _____a_)____ (fazer) ninhos em cabos de
alta tensão.
É possível que, antigamente, _____b_)____ (haver) mais espécies de aves a sul do Tejo.
Conheço um ornitólogo que, ainda que _____c_)____ (chover) torrencialmente, vai para o campo observar aves todos os dias.
Os serviços de protecção florestal querem que os ornitólogos _____d_)____ (criar) centros de observação para estudar as aves.

a - façam; b - houvesse; c - chova; d - criem

Os verbos estão todos no modo conjuntivo


10. Lê as frases seguintes.
O Pedro contou que, no dia anterior, no observatório, tinha visto uma garça-vermelha e que tinha ficado encantado. A Maria comentou que nunca tinha visto uma garça e que tinha muita pena.

Reescreve as frases, representando em discurso directo a fala do Pedro e a fala da Maria.

O Pedro contou à Maria:
- Ontem vi uma garça-vermelha no observatório e fiquei encantado.
A Maria comentou:
- Nunca vi uma garça-vermelha tenho muita pena.